Os pés pelas mãos

José Horta Manzano

Petroleo 2Os pés pelas mãos, o continente pelo conteúdo, bolas trocadas, linha cruzada ‒ tanto faz. O título deste artigo chama a atenção do distinto leitor para uma certa miopia com que repórteres e escrivinhadores estão observando a Operação Lava a Jato, ação de limpeza pública nunca dantes vista neste país.

A dita operação, que anda parecendo cartola de mágico de onde sempre sai mais um coelho, privilegiou a investigação de rapinagem e desmandos cometidos contra a Petrobrás. Foi e continua sendo eficaz. Dezenas de indivíduos já foram desmascarados, julgados e apenados. Grande parte deles estava ligada a roubos que prejudicavam e emperravam a petroleira nacional.

Tão persistente e profunda foi a gatunagem que, poucos meses atrás, ninguém dava um tostão furado pela empresa assaltada. A importância das ações da companhia baixou ao ponto de não valerem dois réis de mel coado.

A ação vigorosa e os desdobramentos da Lava a Jato estão na raiz do saneamento da Petrobrás. As falcatruas perpetradas durante mais de dez anos de desmando haviam feito despencar o valor da empresa. Se hoje suas ações valem mais é justamente por causa da operação jurídico-policial e não apesar dela.

Chamada do Estadão, 24 out° 2016.

Chamada do Estadão, 24 out° 2016.

Portanto, a chamada do Estadão diz o contrário do que deveria dizer. A Petrobrás não começa a «reverter» efeitos da Lava a Jato. Muito pelo contrário. A Petrobrás começa a se revigorar, a reflorir, a renascer como resultado da Lava a Jato. Do jeito que está escrito, fica a impressão de que a Operação Lava a Jato é culpada pela débâcle da Petrobrás, quando o que aconteceu foi justamente o contrário. A melhora que aponta no horizonte é consequência da operação de limpeza.

O título bizarro terá sido um escorregão, uma distração, um desleixo. Sinceramente, espero que não passe disso. Caso quem deu à matéria esse título esteja convencido que a Lava a Jato «atrapalhou» o bom andamento dos negócios da maior empresa brasileira, estamos mal. Essa toada combinava com os tempos da doutora. Nunca imaginei que algum jornalista bem-intencionado ainda pudesse cair na esparrela depois de tudo o que aconteceu.

Os malfeitos de lá e os daqui

José Horta Manzano

Meio século atrás, os chineses viviam como os europeus da Idade Média. Miséria, repressão, ascensão social improvável, nítida distinção entre a casta dos poderosos e a ralé. Era um «nós & eles» real e pra valer, longe do antagonismo que o marketing do Planalto tenta instaurar artificialmente entre nós.

Casamento 5Embora ainda estejam longe de chegar à homogeneidade social dinamarquesa ou ao PIB per capita luxemburguês, os chineses já deram passos decisivos na estrada civilizatória. A cada ano, milhões de cidadãos deixam a Idade Média para ensaiar os primeiros passos no mundo atual.

Vêm todos com sede – falo em sentido figurado. Há demanda represada em todos os campos: consumo, educação, turismo, liberdade de expressão. Como outros povos, também os chineses sentem fascínio pelo Velho Continente, particularmente pela França.

Faz já alguns anos que a cidade de Tours se especializou em receber jovens chineses cujo sonho é casar na França, noiva de véu e grinalda (como Esmeralda), beijinho (costume desconhecido na China), fotos de lembrança diante do château e em companhia do prefeito. Entre parênteses: na França, casa-se na prefeitura. O oficiante é o prefeito em pessoa.

Dois anos atrás, o prefeito de Tours foi acusado de corrupção. A polícia civil francesa descobriu que a agência de turismo contratada para organizar a vinda dos casais chineses pagava propina para manter exclusividade.

Monsieur Jean Germain, o prefeito, jurou de pés juntos que não tinha conhecimento de nenhum desvio de dinheiro. Se algum malfeito pudesse estar acontecendo só podia ser à sua revelia. Mas a máquina judicial estava em movimento, que fazer? Apesar de o homem continuar negando toda implicação, a investigação continuou.

Casamento 3Homem de comprovada honestidade, Monsieur Germain, de 67 anos, tinha sido prefeito de Tours durante 19 anos consecutivos – sem contar seu mandato de senador, que na França é permitido acumular mandatos. Aos poucos, foi-se descobrindo que o culpado mais provável pela falcatrua não era bem o prefeito, mas uma auxiliar dele, uma chinesa de Taiwan. Era ela, que gozava da confiança do chefe, quem cuidava da vinda dos chinesinhos e da organização dos casamentos. Se trapaça houve, convinha olhar pro lado da assessora.

O total desviado é calculado em cerca de 600 mil euros (menos de 2 milhões de reais). O início do julgamento estava marcado para a manhã de ontem, 7 de abril. Na hora marcada, todos os atores estavam presentes, só faltava o acusado principal. Passaram-se os minutos. No início, imaginou-se que o homem estivesse apenas atrasado. Não era bem assim.

Casamento 4Após rápida busca, a polícia descobriu o prefeito na garagem de casa. O homem tinha posto fim a seus dias. Uma carta manuscrita explicava as razões do gesto. Dizia que, como homem político honrado, Monsieur Germain não conseguia mais suportar a exposição midiática e o olhar de reprovação de seus eleitores por atos que ele não havia praticado.

Fiquei pensando nos acusados de mensalões e petrolões brasileiros. Apesar de abundantes provas, nenhum deles jamais admitiu ter cometido malfeitos. Nenhum tampouco pareceu incomodado de ser exposto como criminoso.

Pra você ver, distinto leitor: nem todos reagem de maneira uniforme diante da desonra. Se assim não fosse, haveria uma penúria danada de políticos no Brasil.

Cui bono?

José Horta Manzano

Com as devidas adaptações, nosso direito deriva do direito romano. Dois milênios nos separam do tempo dos césares, é verdade. Muita coisa mudou no mundo, é verdade. De lá pra cá, juristas foram forçados a legislar sobre fatos e coisas novas, é verdade. No entanto, certos princípios desafiam o tempo e continuam vivos, fortes e válidos.

Petrobras 3Na hora de analisar um crime ou mesmo um singelo «malfeito», o bom investigador faz a mesma invariável pergunta que já faziam os romanos: «Cui bono?»(1) – quem se beneficia? Excetuados os crimes cometidos por desequilibrados, imprevisíveis por natureza, a resposta a essa pergunta costuma oferecer boas pistas na busca do culpado.

O titular da Controladoria-Geral da União, senhor Jorge Hage, não calçou luvas de pelica para emitir sua apreciação sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás em 2006: «Não foi um mau negócio. Houve má-fé mesmo» – fulminou.

Não foi palpite lançado numa roda de amigos. Tampouco foi retalho de conversa entreouvido num elevador. A (pesada) acusação emanou do ministro-chefe da CGU, um dos postos mais elevados da República. Não se pode descartá-lo como se fosse tolice.

A CGU constatou que o rolo alinhavado entre a belga Astra Oil e a Petrobrás resultou em prejuízo de mais de 650 milhões de dólares para a petroleira brasileira. Estamos falando de quase 1,8 bilhão de reais de prejuízo, minha gente!

Astra OilÉ sabido que os membros da alta cúpula da Petrobrás são despreparados. Vamos admitir que, além disso, sejam ingênuos – hipótese pouco provável. Ainda assim, não é cabível a suposição de que tenham sido levados no bico pelos loiros de olhos azuis.

Afinal de contas, nossa petroleira conta com 85 mil funcionários, entre os quais, com toda certeza, peritos altamente capacitados e bem formados. Compra de bilhões não se conclue assim, num estalar de dedos, num sarau a portas fechadas. Nem mesmo dona Carochinha, com sua ingenuidade infantil e imaginação fértil, acreditaria nisso.

É chegada a hora da pergunta dos romanos: «Cui bono?». A quem interessava esse negócio podre? Quem se beneficiou com a falcatrua? A diretoria de nossa petroleira, aquele mesmo pessoal que assistia ao saqueio da empresa, teria então, por descuido, atirado pela janela quase dois bilhões? Não é concebível.

Corrupção 2Fosse eu a investigar, daria uma olhada na movimentação bancária da companhia belga que empurrou aquele ativo podre à Petrobrás. Fico curioso pra saber que caminho seguiu a dinheirama depois de ter sido remetida a Bruxelas.

Tenho cá minha ideia. No entanto, não tendo como provar, prefiro não lançar acusação. Com sua costumeira argúcia, meus distintos leitores já devem ter compreendido. Aí tem coisa.

(*) A pergunta retórica «Cui bono?» é, às vezes, substituída por «Cui prodest?». Tanto faz. Ambas procuram descobrir quem é que levou vantagem com o crime.

Frase do dia — 48

«Era o mensalão que vinha à tona. Lula, pego de surpresa, declarou: “Fui traído”. Ou seja, admitiu que a denúncia era verdadeira, mas ele ignorava a falcatrua.»

Ferreira Gullar em sua coluna da Folha de São Paulo de 24 nov° 2013

Aflição, constrangimento e consternação

José Horta Manzano

Há muita gente finória no mundo. Espertalhões não são exclusividade brasileira, longe disso. Volta e meia, vem à tona alguma falcatrua nacional ou internacional. A diferença entre lá e cá é a reação da sociedade quando um malandro é apanhado com a boca na botija.

Povos mais adiantados reservam tratamento mais severo a desvios de conduta, especialmente quando são obra de personagens políticos. A demissão do cargo é a punição primeira, sem contar as sanções que lhe possam suceder.

Blá, blá, blá!

Blá, blá, blá!

No Brasil, sacumé, esses deslizes costumam ser tratados com displicência. Nossa sociedade costuma dar de ombros e isentar de sanções as safadezas, razão pela qual os espíritos se liberam. Comportamentos de valor moral discutível tendem a tornar-se cada dia mais contundentes e mais corriqueiros.

Em julho de 2009, um blogueiro alojado na revista Veja denunciou a desfaçatez de dona Dilma, então candidata à presidência da República. A presidenciável ostentava, em seu muito oficial Currículo Lattes, títulos de mestre e de doutora que não possuía.

Naquela mesma ocasião, Malu Gaspar revelou, na mui séria revista Exame, que o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, era autor de um «malfeito» de mesmo jaez. Seu currículo oficial, no site do Itamaraty, informava que o chanceler era doutor em Ciência Política por um instituto londrino. Era mentira.

Descobertos os embusteiros, que fim os levou? Longe de ser punida pela empulhação, a presidenciável foi eleita. Está no posto máximo da República até hoje. Quanto ao chanceler, foi designado pela doutora Dilma ― quando esta chegou à presidência ― para chefiar nada menos que o Ministério da Defesa. Está lá até hoje.

Como se vê, na política brasileira, o que parece nem sempre é. Nas altas esferas, além de falsos messias, temos também falsos mestres e falsos doutores. Mas tudo bem, vamos em frente, que a Copa é nossa!

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Aos 71 anos de idade, diplomata de carreira e ministro da República há 10 anos, o doutor Celso Amorim pode ser tachado de tudo, menos de inexperiente. No entanto, nosso prezado ministro tem demonstrado uma candura patética, incompatível com os altos encargos que lhe têm sido confiados.

Durante infindáveis 8 anos, levou a cabo uma política desastrosa que baixou a diplomacia de nosso País a um nível embaraçoso. O tolo ressentimento antiamericano do chanceler, aliado a sua obsessão terceiro-mundista démodée, levou o ingênuo Lula a dar tapinhas nas costas de gente pouco recomendável. Ahmadinejad, Zelaya, os Castros, Chávez, o ditador da Guiné Equatorial, Evo Morales foram alguns deles. Todos gente fina.

Ha, ha, ha! Crédito: Philippe Berry

Ha, ha, ha!
Crédito: Philippe Berry

Para alívio geral da nação, doutora Dilma preferiu confiar ao antigo chanceler o ministério da Defesa. Pelo menos, os desastres passaram a ser menos visíveis do exterior. Infelizmente, continuam no plano interno.

Faz dois dias, o doutor Amorim concedeu entrevista ― é impressionante a apetência que caciques da política brasileira têm para se fazer entrevistar. Do responsável maior pela defesa(!) do País, espera-se, para começar, um certo recato. O ministério que controla as forças armadas tem, no mínimo, de se mostrar discreto. Se há falhas, não convém pô-las sobre a mesa nem expô-las em praça pública.

As décadas de experiência do doutor Amorim ainda não foram suficientes para ensinar-lhe essa verdade básica. A entrevista do ministro está mais para conversa de elevador que para fala de autoridade de elevado escalão. Ele chega a confessar que, tanto no exterior quanto no Brasil, em alguns momentos desconfiou que seu telefone estivesse sendo grampeado. E tudo ficou por isso mesmo, o homem continua sem saber se aconteceu ou não.

É afligente saber que o responsável pela defesa do País não consegue garantir a segurança e a inviolabilidade de seu próprio telefone. É constrangedor vê-lo declarar isso em público. É consternador perceber que continuamos sendo governados por gente presunçosa e incompetente.

Catarse coletiva

José Horta Manzano

Mensalão, corrupção, falcatruas, corrupção, crianças arremessadas por janelas, corrupção, parricídios, corrupção, medalhas concedidas a quem não fazia jus, corrupção, tapinhas nas costas de Chávez e de Ahmadinejad, corrupção, capitulação diante de Evo, corrupção, apoio explícito a ditadores sanguinários, corrupção, balcão de negócios, corrupção, nada disso comoveu o povo brasileiro a ponto de suscitar reação visível.

Mas o mundo deve estar mudando mais rápido do que se imagina. Pela primeira vez depois de muitos anos, veem-se cenas de protesto popular no Brasil. La colère gronde, como diriam os franceses ― a fúria deixa ouvir seu bramido. A razão oficial é um aumento de 20 centavos na passagem de ônibus.

Transporte coletivo de primeira

Transporte coletivo de primeira

Os protestos, no entanto, estão sendo explicitamente apoiados por comunidades de brasileiros do exterior, com passeatas em vias públicas de terra estrangeira. Os manifestantes são pessoas que, por razões evidentes, não costumam utilizar transporte público no Brasil. Está aí a prova maior de que a briga é bem mais ampla do que 20 centavos.

Visto de longe, dá até para acreditar que o gigante está despertando. Será? Algo me diz que esse desencadeamento de protestos, violentos ou não, é um fenômeno catártico, uma válvula de segurança a deixar escapar um pouco da pressão gerada pelo descontentamento acumulado há muitos anos. O aumento das tarifas não é mais que a gota d’água.

Tomo emprestada uma oportuna lembrança que tiveram Samy Dana e Leonardo Siqueira de Lima em artigo publicado na Folha de 17 de junho. É uma declaração de Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, em entrevista concedida à Agência de notícias EFE em dezembro de 2010.

Interligne vertical 3“Una ciudad avanzada no es en la que los pobres pueden moverse en carro, sino una en la que incluso los ricos utilizan el transporte público”

Por enquanto, é uma revolta. Esperemos que não se transforme em revolução.

Malfeitos estrangeiros

José Horta Manzano

Às vezes a gente imagina que a corrupção é um mal exclusivamente brasileiro, que absurdos só acontecem em terra tupiniquim, que a malandragem é especificidade nacional.

É apenas meia verdade. Se é fato notório que corrupção, absurdos e malandragem correm soltos em nossas terras e fazem parte da paisagem, não é verdade que o Brasil seja o único lugar do planeta onde essas práticas são corriqueiras.Bola futebol

Sabemos todos que a próxima Copa do Mundo terá lugar em nosso País. Sabemos todos que irregularidades ― para usar um termo eufemístico ― têm ocorrido e que muitas mais ocorrerão nos meses que nos separam do evento.

É razoável imaginar que as edições do campeonato mundial de futebol hospedadas pela Alemanha, pela Coreia, pelo Japão não tenham sido manchadas por trambiques. Se os houve, foram menos escancarados.

Já de uns tempos para cá, parece que a Fifa resolveu tirar a máscara. Não bastasse a escolha da África do Sul e do Brasil, a Rússia está escalada para abrigar a edição seguinte.

O imenso país, que se estende do Báltico ao Pacífico, tem espaço, tem população, tem tradição futebolística. Não é por esse lado que se poderá criticar a escolha. O que atrapalha um pouco o quadro é o fato de a Rússia nunca ter conhecido um governo democrático.

Desde os tempos de Ivan, o Terrível, o território tem sido controlado com mão de ferro. De monarquia feroz, passaram a ditadura comunista. Seguiu-se um governo autoritário que ainda subsiste. A candidatura da Rússia não foi, portanto, apresentada por legítimos representantes do povo, mas pela nomenklatura. É verdade, não se usa mais esse termo, mas a realidade não mudou muito por aquelas bandas. As castas dirigentes ainda hão de continuar sobrevoando o populacho por um bom tempo.

Não é absurdo imaginar que algum mimo tenha sido oferecido aos integrantes do comitê que escolheu a Rússia. Dado que não é costume assinar recibo quando se recebem agrados desse jaez, ficaremos sem saber.
Camelo

Mas o que vem depois é bem pior. Os dirigentes da Fifa decidiram que a edição seguinte, a de 2022, vai-se realizar no Catar. O nome se escreve meio esquisito. Quem preferir, que use Qatar ou até Katar, que fica mais exótico.

Poucos já visitaram esse país, mas os meios de informação de que dispomos atualmente nos deixam a par de muita coisa. Não precisa ser nenhum especialista para saber que o Catar não tem tradição futebolística. Uma rápida pesquisa nos ensina que a superfície do país é de 11 mil km2, a metade de Sergipe, o menor estado brasileiro. Da população total de menos de dois milhões de almas, metade está concentrada na capital. As duas maiores cidades abrigam 80% dos habitantes.

Mas há pior ainda. O clima é desértico, sem árvores, sem vegetação. Para completar, a média das temperaturas diurnas em junho/julho, justamente quando a Copa será disputada, é de amenos 41°, 42°. Atenção: falo de média. Um dia mais abafado pode empurrar o mercúrio até os 48° ou 50°. Esses valores são, naturalmente, medidos à sombra. Mas nenhum visitante será obrigado a ficar à sombra.

Trinta e duas equipes participarão. Jogarão 64 partidas. Como é que vão se arranjar com as sedes? Todos os jogos no mesmo estádio? Ou novas arenas serão edificadas no deserto? Cá entre nós, nunca o termo «arena» terá sido tão bem utilizado. Em italiano e em espanhol, significa areia.

Dado que é impossível que esses detalhes tenham escapado aos nobres dirigentes do futebol mundial, alguma razão oculta tem de estar por detrás da designação desse micropaís. O fato é que a Fifa, inflexível, mantém sua escolha.

Como diziam os mineiros de antigamente, «debaixo do angu tem carne».

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Nota: Pode-se entrever um pedacinho da carne escondida debaixo do angu por este artigo. Decididamente, está instituído o programa Bolsa-futebol.