Arte
Um cantinho artístico
Um pouco d’arte ― 132
Um pouco d’arte ― 131
Trompe-l’œil ‒ 7
José Horta Manzano
O japonês Akiyoshi Kitaoka (1961-) é professor de Psicologia no College of Letters da Universidade Ritsumeikan, em Kyoto (Japão). Há décadas vem-se especializando no estudo da percepção visual e de ilusões de óptica. Seus trabalhos demonstram que é possível «trapacear» com a visão humana, em especial a visão periférica.
Como se sabe, nossa visão bruta está longe de ser perfeita. As imagens que captamos precisam ser processadas pelo cérebro para fazerem sentido. Ao manipular as informações de que o cérebro necessita para interpretar o quadro, os desenhos do cientista conseguem dar um «nó nos miolos». Acabamos enxergando movimento em imagens estáticas.

As manchas vermelhas parecem girar em sentido horário, mas estão paradas.
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Quando se fixa o olhar numa das rodas, a outra parece girar. Estão ambas paradas.
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Passeando os olhos pelo desenho, tem-se a impressão de que os corações se movem. É só impressão.
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Passeando os olhos pela imagem, tem-se a impressão de que o ressalto central incha. É impressão.
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Passeando os olhos pela imagem, tem-se a impressão de que as rodas que estão fora do foco visual giram. É impressão.
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Quando se fixa o olhar numa das rodas, a outra parece girar. É ilusão de óptica.
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Nota
Trompe-l’œil (literalmente ‘engana o olho’) é a expressão francesa para ilusão de óptica.
Um pouco d’arte ― 130
Um pouco d’arte ― 129
Um pouco d’arte ― 128
Land art
José Horta Manzano
Monsieur Guillaume Legros, cidadão francês, é enfermeiro de formação. Desde a adolescência, sentiu-se atraído pela arte de rua. Nos arredores da cidade de Belfort, sua região natal, começou marcando território com pichações.
Com o tempo, sua arte evoluiu. Hoje executa, sob encomenda, pinturas gigantescas que fazem parte do movimento land art. Os retratos, feitos com tinta biodegradável, são visíveis durante alguns dias. Em seguida, desaparecem. O que é bom dura pouco. Não é tanto a chuva que lava a tinta; é o crescimento da relva que faz desaparecer a pintura.
Monsieur Legros adotou o nome artístico de Saype, uma contração de Say peace ‒ Diga: paz.
Seguem algumas amostras do trabalho de Saype. Um dos trabalhos mais recentes (quarta imagem aqui abaixo) é uma pintura de 5000m2 feita num parque de Genebra. Simboliza os migrantes que buscam refúgio em território europeu, grande parte dos quais não logra chegar com vida ao destino. Um vídeo de três minutos mostra imagens aéreas do trabalho espetacular.
Publicado originalmente em 19 set° 2018.
Um pouco d’arte ― 127
Um pouco d’arte ― 126
Um pouco d’arte ― 125
Um pouco d’arte ― 124
Um pouco d’arte ― 123
Um pouco d’arte ― 122
Mordillo, um poeta
José Horta Manzano
No fim de semana passado, às vésperas de completar 87 anos, faleceu o desenhista argentino Guillermo Mordillo Menéndez (1932-2019). Trabalhador incansável, deixou muito jovem o país natal, passou pelo Peru e pelos EUA, e fixou-se por longo tempo em Paris.
Ao chegar à França, como não falava uma palavra da língua, criou um personagem mudo e sem nome, que aparece solitário ou em grupo. Os desenhos do artista dispensam diálogo para serem entendidos.
Mordillo colaborou com publicações de prestígio, como as francesas Paris Match, Marie Claire, Lui e a alemã Stern. Passou as últimas décadas na ilha de Maiorca (Espanha), onde faleceu.
O universo do artista é fantástico, surreal, onírico, absurdo. O traço arredondado dos personagens instala clima de delicadeza e ternura. Sua paixão pelo futebol ressurge com frequência. Os personagens, sistematicamente brancos, ressaltam sempre, mesmo em meio a profusão de cores.
Aqui vai um tributo a esse poeta que trazia emoção na ponta do lápis.
Trompe-l’œil ‒ 6
José Horta Manzano
O japonês Akiyoshi Kitaoka (1961-) é professor de Psicologia no College of Letters da Universidade Ritsumeikan, em Kyoto (Japão). Há décadas vem-se especializando no estudo da percepção visual e de ilusões de óptica. Seus trabalhos demonstram que é possível «trapacear» com a visão humana, em especial a visão periférica.
Como se sabe, nossa visão bruta está longe de ser perfeita. As imagens que captamos precisam ser processadas pelo cérebro para fazerem sentido. Ao manipular as informações de que o cérebro necessita para interpretar o quadro, os desenhos do cientista conseguem dar um «nó nos miolos». Acabamos enxergando movimento em imagens estáticas.

Quando se passeiam os olhos pela imagem, as pétalas parecem girar embora estejam perfeitamente estáticas.
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Ao passear os olhos pela imagem, tem-se a impressão de que os corações pulsam.
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O quadrado no centro da folha impressa parece ter relevo e estar destacado do fundo. É ilusão.
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Esta é excelente, basta ampliar a imagem. As rodas parecem girar. Impressionante.
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Nota
Trompe-l’œil (literalmente ‘engana o olho’) é a expressão francesa para ilusão de óptica.
Trompe-l’œil ‒ 5
José Horta Manzano
O japonês Akiyoshi Kitaoka (1961-) é professor de Psicologia no College of Letters da Universidade Ritsumeikan, em Kyoto (Japão). Há décadas vem-se especializando no estudo da percepção visual e de ilusões de óptica. Seus trabalhos demonstram que é possível «trapacear» com a visão humana, em especial a visão periférica.
Como se sabe, nossa visão bruta está longe de ser perfeita. As imagens que captamos precisam ser processadas pelo cérebro para fazerem sentido. Ao manipular as informações de que o cérebro necessita para interpretar o quadro, os desenhos do cientista conseguem dar um «nó nos miolos». Acabamos enxergando movimento em imagens estáticas.

O círculo externo parece girar no sentido horário, enquanto o interno gira no outro sentido.
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Um quadrado parece destacar-se do centro, embora todas as linhas sejam retas. Os ângulos também são todos retos.
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À medida que o observador move os olhos, o círculo de pétalas parece girar em sentido horário
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Nota
Trompe-l’œil (literalmente ‘engana-olho’) é a expressão francesa para ilusão de óptica.