A médica que dispensou o filho da petista

David Coimbra (*)

Médico 3Quando li a notícia sobre a médica que se recusou a atender uma criança porque a mãe dela era do PT, fiquei revoltado. «E o Juramento de Hipócrates?» ‒ pensei, olhando para o Leste, na direção de onde suponho se esparramem as ilhas gregas. «O que Esculápio, Hígia e Panaceia pensarão disso?»

Pior: o presidente do Sindicato dos Médicos, Paulo de Argollo Mendes, disse que a médica estava certa em se negar a prestar atendimento. «Por favor » ‒ ralhei, ainda pensando na ética da velha e sábia avó Grécia. «Mesmo que o paciente fosse Hitler, o médico não poderia recusar!»

Médico 2Continuei com minhas exclamações, até que entrevistamos o presidente do Sindicato, ontem, no Timeline da Gaúcha. Paulo de Argollo explicou que a médica não se negou a dar atendimento a uma emergência, nem veta petistas em geral, mas aquela em particular. O que ela fez foi solicitar aos pais da criança que trocassem de pediatra porque não aguentava mais a conversa deles durante as consultas.

Bem… Nesse ponto, comecei a entender a médica. É que todo sectário é um porre, seja qual for o dogma. Eles estão sempre prontos para a briga, e gente sempre pronta para a briga é extremamente aborrecida.

Reparem no atual slogan dos petistas: «Não vai ter golpe, vai ter luta». Luta? Contra quem eles vão lutar? Será guerra civil, é isso? Vai haver distribuição de armas nos diretórios do PT? Ou será só o exército do Stedile que vai para a frente de batalha?

Luta, luta, eles estão sempre em luta. José Dirceu é o «guerreiro do povo brasileiro», André Vargas desafia o STF erguendo o punho fechado, eles se acham Espártaco enfrentando as legiões de Crasso em defesa da liberdade dos escravos, Zapata liderando os camponeses contra a tirania de Porfírio Diaz, Marx aconselhando os proletários do mundo a se unirem. O sonho deles é travar a luta de classes. Combater o bom combate, como disse Paulo de Argollo.

Neltair "Santiago" Rebés Abreu, desenhista gaúcho

Neltair “Santiago” Rebés Abreu, desenhista gaúcho

Que babaquice!

Sim, existem explorados e exploradores, negros e brancos, ricos e pobres, empresários e proletários, sim, mas o mundo não está dividido apenas entre explorados e exploradores, negros e brancos, ricos e pobres, empresários e proletários. O mundo é mais sofisticado, a sociedade é mais complexa e o Brasil, felizmente, é mais variado e complicado do que qualquer fórmula maniqueísta.

Médico 4Antes era mais fácil: você era contra a ditadura ou a favor dela. Ponto. Agora é preciso pensar um pouco. Quem é contra o governo do PT não é necessariamente tucano, nem simpático a Bolsonaro, nem entusiasta do futuro governo Temer. Quem considera a bolsa família um bom programa não é necessariamente petista. Quem é contra o aparelhamento do Estado pelo governo não é necessariamente a favor do Estado mínimo. E quem é petista não é necessariamente um chato. Mas, neste momento de ânimos espinhados, há que reconhecer que os petistas se transformaram em pessoas especialmente chatas.

Se você se afasta de uma pessoa de quem não gosta, você está sendo saudável; se você se aproxima, procurando o confronto, você está com problemas sérios.

Uma médica não querer atender um paciente por ele ser de determinado partido ou ter determinada opinião é totalmente reprovável. Uma médica não querer atender um paciente que a incomoda é totalmente compreensível. Importunos de todo o mundo: vade retro!

(*) David Coimbra é jornalista e colunista do jornal Zero Hora, de Porto Alegre.

Frase do dia — 232

«A Constituição prevê como função das Forças Armadas a garantia da ordem interna do país. Os militares perderam poder político nos últimos anos, mas, se a crise avançar para uma rebeldia civil, caberá a eles intervir. E a desculpa para todos os golpes até hoje foi justamente a anarquia da sociedade, a corrupção e a subversão. Um golpe de Estado seria uma tragédia, mas, infelizmente, não é impossível.»

Roberto Romano, professor de Filosofia e Ética na Unicamp, em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora.

A banalização dos malfeitos

José Horta Manzano

Vidro quebrado 2Todos os jornais, todos os sites de informação, todas as emissoras de tevê, todos os blogues e todas as redes sociais repercutiram a notícia de uma moça que, durante um jogo de futebol, chamou de macaco o goleiro do time adversário.

Não entendo bem por que insultar alguém em razão de sua cor de pele seria mais grave do que injuriá-lo por defeitos morais que não lhe correspondem ― «juiz ladrão!», por exemplo.

No meu entender é tão pesado chamar um preto de macaco como chamar um ruivo de foguinho ou um loiro de branquelo ou descamado. Acusar injustamente o árbitro de ladroagem parece-me tão grave quanto. Pior ainda, é insinuar, aos brados, que a genitora de um jogador é profissional do sexo. Tenho real dificuldade em entender por que umas ofensas passaram a pesar mais que outras. Como dizia o outro: mudou o mundo ou mudei eu.

Todos os jornais, todos os sites de informação, todas as emissoras de tevê, todos os blogues e todas as redes sociais repercutiram a notícia de a ofensora, que se escafedeu, estar sendo aguardada para depoimento. Soube-se também que, com uma tijolada, um vizinho quebrou uma vidraça da casa da xingadora.

Nenhum dos jornais, dos sites de informação, das emissoras de tevê, dos blogues, nem das redes sociais condenou o gesto do irado vizinho. O malfeito passou em branca nuvem, como se legítimo e natural fosse.

Vidro quebrado 1Pois eu não vejo assim. Nosso civilizado ordenamento jurídico faz nítida distinção entre o ato não premeditado (espontâneo, impensado, súbito, inadvertido) e o ato premeditado (pensado, refletido, calculado, planejado).

O grito da torcedora, conquanto seja censurável e mereça sanção, não foi premeditado. Mas o do vizinho enraivecido é pior. Foi fruto de reflexão. A banalização de seu gesto nos aproxima da nefasta Lei de Lynch, em que cada um faz justiça com as próprias mãos.

É ladeira perigosa. Para evitar que a sociedade brasileira descambe, é preciso estigmatizar ambos os malfeitos: o insulto e a vingança.

Economia brasileira, enfim com crescimento cubano

Percival Puggina (*)

Na edição desta última quinta-feira, o Estadão traz artigo do economista Roberto Macedo analisando os dados de um recentíssimo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O robusto documento de 216 páginas traz a classificação dos países segundo o crescimento do PIB 2014 estimado pela Comissão.

Trinta e três países compõem a região. Estimando o crescimento do PIB brasileiro no corrente ano em 1,4% ― expectativa otimista que sequer o Banco Central corrobora ―, o Brasil fica em 27º lugar, empatado com Cuba.

Se adotarmos a expectativa mais realista, aquela com a qual os analistas do mercado vêm operando, o Brasil ficaria em 30º, à frente apenas dos parceiros petistas Argentina e Venezuela. E logo acima de Barbados, pequena ilha caribenha de 280 mil habitantes, fragmento do Reino Unido.

Lembra o autor do referido artigo que nosso governo tem afastado das próprias costas a responsabilidade por esse desastre, atribuindo o infortúnio a um rescaldo da crise internacional de 2008.

Ora, comento eu, como pode o mesmo governo, que cacarejou como seus os ovos dos bons índices de 2007, 2008 e 2010, remeter a algum sujeito oculto no mercado mundial os ônus das contas do malfazejo período Dilma? E, principalmente, por que outros 29 países da região crescem mais que o Brasil?

Ao que me consta, todos produzem, consomem, compram e vendem no mesmo planeta que nós, embora nosso governo pareça viver no mundo da Lua.

(*) Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor e colunista do jornal Zero Hora.
Edita o blogue puggina.org.

Frase do dia — 173

«Quando entramos no século 21, num país onde todas as legendas eram tradicionais e iguais entre si, o inconsciente coletivo registrava a existência de apenas um partido diferente ― probo e virtuoso como almoxarife de convento.

Bastou uma década para que esse partido cometesse suicídio moral. Na degradação do Brasil contemporâneo, Getúlio Vargas dispararia contra o próprio peito uma vez por semana.»

Percival Puggina, escritor, em sua coluna do jornal Zero Hora, 16 ago 2014.

É ou não é?

José Horta Manzano

Com alarido, toda a imprensa brasileira noticiou, em primeira página, a prisão do senhor Abd El-Massih, cidadão brasileiro. Condenado a quase 300 anos de cadeia(!) mas foragido da Justiça, o “elemento” ― como se diz no jargão policial ― foi capturado no vizinho Paraguai.

Até aí, morreu o Neves. Disso todo o mundo já sabe. O curioso vem logo a seguir. O homem tem diploma de medicina e exerceu seu ofício durante décadas. Desde que foi condenado, pendurou estetoscópio e bisturi. Como é que fica? Ainda é médico ou deixou de sê-lo?

A imprensa brasileira não é unânime. Alguns o consideram médico de direito pleno, enquanto outros já o privaram do título. Vejam só a cacofonia:

O jornal Tribuna do Norte já lhe aboliu a formação.

O jornal Tribuna do Norte já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal Zero Hora, ele ainda é médico.

Para o jornal Zero Hora, ele ainda é médico.

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O jornal O Tempo já lhe aboliu a formação.

O jornal O Tempo já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal Tribuna Hoje, ele ainda é médico

Para o jornal Tribuna Hoje, ele ainda é médico

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O Jornal do Brasil já lhe aboliu a formação.

O Jornal do Brasil já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal R7, ele ainda é médico.

Para o jornal R7, ele ainda é médico.

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O jornal Gazeta do Povo já lhe aboliu a formação.

O jornal Gazeta do Povo já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal O Globo, ele ainda é médico.

Para o jornal O Globo, ele ainda é médico.

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O jornal G1 já lhe aboliu a formação.

O jornal G1 já lhe aboliu a formação.

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Massih med Folha

Para o jornal Folha de São Paulo, ele ainda é médico.

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O jornal O Estado de São Paulo já lhe aboliu a formação.

O jornal O Estado de São Paulo já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal Correio Braziliense, ele ainda é médico.

Para o jornal Correio Braziliense, ele ainda é médico.

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O jornal Estado de Minas já lhe aboliu a formação.

O jornal Estado de Minas já lhe aboliu a formação.

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Para o jornal 247, ele ainda é médico.

Para o jornal 247, ele ainda é médico.

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O jornal Circuito Mato Grosso já lhe aboliu a formação.

O jornal Circuito Mato Grosso já lhe aboliu a formação.

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O jornal Cidade Verde prefere ficar em cima do muro. Não é, nem deixa de ser médico.

Para fechar com chave de ouro, o jornal Cidade Verde, hesitante, prefere ficar em cima do muro.

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No meu parecer, não há que confundir profissão com função. Às vezes elas podem se sobrepor ― é o caso do advogado formado e diplomado que exerce a advocacia.

Podem também divergir. Há engenheiros formados que deram uma guinada e se tornaram comerciantes. Continuam sendo engenheiros de profissão, mas exercem atualmente a função de comerciantes.

O senhor do qual falamos neste artigo, ainda que tenha tido sua licença de exercer cassada, não deixou de ser médico de formação, de diploma e de profissão. E assim será até seu último suspiro.

Cargos políticos, embora às vezes nos pareçam eternos, são exemplo de função. Um presidente que já foi torna-se ex-presidente. Não existe a “profissão” de presidente, ainda que alguns assim imaginem.

Diretor, proprietário, empresário, chefe, vereador, encarregado são funções. São meros cargos com começo, meio e fim. Já médico, psicólogo, biólogo, geógrafo, bibliotecário são profissões regulamentadas. Para exercê-las, é preciso ser reconhecido pelo órgão que cuida dessa determinada área.

Resumo da ópera
O senhor Abd El-Massih pode até passar os próximos 300 anos no xilindró sem examinar nenhum paciente ― nem por isso deixará de ser médico.

Frase do dia — 87

«Essas pessoas não foram julgadas pelo seu passado, mas por suas atitudes no presente. Foram julgadas, condenadas e presas. (…) Eu não participo e acho que não pode ser uma orientação partidária fazer isso»

Olívio Dutra (PT/RS), ex-governador do Rio Grande do Sul, ao se posicionar com relação às “vaquinhas” marquetadas por desenvoltos companheiros. In blog Rosane de Oliveira, alojado no jornal Zero Hora, 24 jan° 2014.

Y ahora, ¿bailamos?

José Horta Manzano

Interligne vertical 4Em sua nota n° 241, o Itamaraty nos informa sobre a reunião de cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que se realizou em Montevidéu, dias 11 e 12 de julho de 2013.

Algumas considerações me ocorrem.

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Objetivo
A visão dos que idealizaram e fundaram a união alfandegária certamente alcançava horizontes mais distantes do que os que conseguimos atingir. Desgraçadamente, a ideologia terceiro-mundista fora de moda que impregnou o governo do Brasil estes últimos dez anos gerou uma distorção. Emperrou o bloco.

Chega a ser grotesco o Brasil acusar a Argentina de atrapalhar o funcionamento da organização. Quando se detém 70% de participação numa associação qualquer, tem-se a faca e o queijo na mão. É o caso do Brasil no Mercosul. Se temos cedido aos caprichos de nossos hermanos, é porque assim foi decidido em nossas altas esferas.

Na ânsia de aparecer como «o bonzinho» e na impossibilidade de montar um verdadeiro império à soviética ou à americana, nosso País perde-se em suas ilusões e fica no meio do caminho ― sem condições de avançar, nem coragem de recuar.

Quem pretende liderar tem de saber meter medo nos liderados. Pouco deveria importar que nossos sócios «gostem» do Brasil ou não. O importante é que respeitem o sócio maior. Para aparecer como o «paladino dos pobres», papel sonhado por nossos dirigentes, um país tem de começar por fazer-se respeitar.

Não temos um exército ameaçador. Não dispomos de arsenal nuclear. Não temos sequer nosso próprio satélite de comunicações. Nosso ministro da Defesa(!) confessou outro dia, candidamente, que desconfiava que seu telefone estivesse sendo grampeado. Tudo isso deixa claro que o Brasil é um país fraco, que não amedronta ninguém. Se, além disso, cedermos a todos os caprichos de nossos hermanos, estaremos cada dia mais longe do objetivo.

Um gigante bobão não assusta.Interligne 07

Cúpula da União Europeia Junho 2012

Cúpula da União Europeia
Junho 2012

Números reveladores
Em sua nota oficial, o Itamaraty revela que, embora represente 80% do PIB da América do Sul, o Mercosul responde unicamente por 65% do comércio exterior do subcontinente. Trocando em miúdos, isso significa que os países sul-americanos não membros do Mercosul exportam, proporcionalmente, muito mais que nós. E tudo isso sem união aduaneira e sem reuniões de cúpula. Não é curioso? Pra que mesmo tem servido nossa associação?Interligne 07

Ambiente cordial
O jornal venezuelano El Mundo publica surpreendentes declarações do presidente Mujica, do Uruguai. O dirigente vizinho se lamenta do volume de burocracia e da quantidade de instituições inúteis que regem o Mercosul.

Mujica não tem papas na língua. Diz textualmente que «quando se tem de falar tanto em livre comércio é porque não há livre comércio». Acrescenta que, na atualidade, os dirigentes passam seu tempo «cada um desconfiando do outro e olhando de soslaio para ver se consegue enganar o colega».

O ambiente, como se vê, é de franca amistad y fraternidad.Interligne 07

Clube político
O próprio de uma associação comercial é fomentar o comércio, seja entre os sócios, seja com parceiros de fora. Quando se observa o Mercosul, constata-se que estamos muito longe do objetivo.

O tema dominante da última reunião de cúpula não tem que ver com o comércio, como seria de esperar. Discutiu-se espionagem, ameaça externa, asilo a Snowden ― o delator destrambelhado.

O jornal gaúcho Zero Hora nos informa que, em comunicado conjunto, os sócios «repudiam» a espionagem americana. Os dirigentes da agência americana de segurança nacional não devem ter dormido à noite de tanto medo.

Reunião de condomínio costuma ser mais produtiva.Interligne 07

Miopia brasileira
Das trevas nasce a luz. Pelo menos, deveria nascer. Mas quem tem cabeça dura não aprende. Incapacidade é defeito difícil de suplantar.

O Planalto tem esperneado desde que tomou conhecimento de que espiões espionam, e que o Brasil, tanto quanto todos os outros países, está na mira dos que têm capacidade de bisbilhotar casa alheia. Em vez de espernear, o governo faria melhor se usasse esse episódio como fonte de inspiração.

Nosso País não dispõe da mesma parafernália tecnológica de grandes potências como EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, Alemanha, Japão. Esses, sim, têm os meios necessários e podem se permitir muito mais.

Mas nós temos gente. Temos diplomacia ― ainda que estranhamente direcionada nos últimos doze anos. Deveríamos utilizar nossos canais de informação diplomática, nem que fosse para não fazer papelão.

O Estadão nos informa que, num gesto magnânimo, os membros do Mercosul declararam que permitiriam a volta do Paraguai, suspenso há uma ano por decisão sumária. Só que nossa antigamente festejada diplomacia se esqueceu de combinar com o adversário. Não se preocuparam em perguntar ao sócio se ele queria voltar do castigo.

Pois o presidente eleito do Paraguai, numa resposta corajosa e sintomática, recusou-se a reintegrar o bloquinho. Pelo menos, enquanto a Venezuela estiver no exercício da presidência rotativa.

Nossa diplomacia podia ter ido dormir sem esse tapa na cara. Mais preocupados em costurar termos indignados para «repudiar» espionagens do «hermano del Norte», esqueceram-se de que é importante arrumar a casa e pôr-se de acordo primeiro. Que papelão!Interligne 07

Cúpula do Mercosul Junho 2013

Cúpula do Mercosul
Junho 2013

Conclusão
Como ilustração deste artigo, ponho a foto de uma cúpula europeia e um instantâneo da reunião do Mercosul. O contraste é patético. Quase uniformizados, os europeus transpiram seriedade. Até demais. Já nossos sócios mais parecem estar vestidos para um baile à fantasia. O Mercosul morre um pouco a cada dia.

Mas que os pessimistas não percam a esperança: está sendo preparada a adesão da Guiana, do Suriname e da Bolívia. Agora, vai!

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