Requiescat in pace

José Horta Manzano

Certos personagens não sobrevivem senão debaixo dos holofotes. É o caso de diversos figurões e homens políticos deste país. O exemplo maior é o Lula. «Falem bem, falem mal, mas falem de mim» parece ser o mote dessa gente. Caso se apagassem as luzes, desvaneceriam qual mariposas. Para não cair no ostracismo, têm necessidade permanente da ribalta, do incenso e dos aplausos. Em casos desesperados, até apupos servem para mantê-los em vida. Mais vale ser vaiado que esquecido.

Já alguns poucos atores do mundo político são personagens das sombras. Deles, embora pouco se fale e pouco se ouça, vêm diretivas que norteiam quadrantes inteiros da política nacional. Um deles fechou os olhos para sempre ontem. Foi Marco Aurélio Garcia, aquele que teve de carregar, ao longo dos dez últimos anos de vida, o incômodo apodo de «top-top», que lhe foi atribuído desde que o flagraram em gesto obsceno, na esteira de um acidente de avião que matou duzentas pessoas.

A decência recomenda não chutar cachorro morto, coisa mais feia. A honestidade, no entanto, me obriga a ressaltar que esse senhor foi ator de destaque na descida da diplomacia brasileira rumo à insignificância. Verdadeiro ministro de Relações Exteriores bis, doutor Garcia esteve entre os pouquíssimos que permaneceram no cargo do primeiro dia do governo do Lula até a derrocada da doutora Dilma. E olhe que não ocupava um desses cargos políticos que se barganham no balcão federal de negócios, como é o caso de ministros. Era dono de um posto de assessor especial ‒ que as más línguas chamam de aspone ‒, cargo de confiança que não tinha nada que ver com troca de favores.

Doutor Garcia, pouco imbuído dos sutis códigos diplomáticos, agia sem visão de mundo, movido apenas por empoeirada ideologia estacionada nos anos 60. Por razões que não cabe aqui analisar, esteve por detrás de bizarras tomadas de posição da política exterior brasileira. Ainda estão presentes na memória coletiva numerosos vexames internacionais aos quais nosso país foi submetido. Entre eles: aquele incompreensível mas explícito apoio a señor Zelaya na Nicarágua; o fiasco da pueril tentativa de intromissão brasileira no conflito entre Palestina e Israel; a benevolência para com terroristas das Farc; a aproximação tentada pelo Planalto com sanguinárias ditaduras africanas; a entrada (pela janela) da Venezuela no Mercosul.

O mundo não é bobo. Depois do momento de surpresa e simpatia que se seguiu à primeira eleição do Lula, caíram todos, pouco a pouco, na real. Deram-se conta de que, por detrás da bondosa fachada de distribuição de migalhas para combater a fome, havia o oco total. Como em cenário de cinema, as casas não tinham fundos. Atrás do frontispício, nada. Depois de repetidos desastres, o Brasil acabou descartado e regrediu décadas na visão do mundo civilizado. Em vez de destacar-se como locomotiva da América Latina, dissolveu-se no caldeirão comum e voltou a ser visto como país grande, não como grande país.

O Brasil se aferrou, durante os anos lulopetistas, a tentar dividir o planeta em blocos heteróclitos do tipo Brics. A assunção de Mr. Trump ao topo da hierarquia dos EUA mostrou que a formação de blocos político-comerciais é frágil e sujeita a chuvas e tempestades. De uma canetada, o homem retirou seu país do Tratado Transpacífico. Fez mais. Renegou o Acordo sobre o Clima assinado em Paris por quase 200 países depois de longas e ásperas negociações.

Culto, esperto, visionário ‒ e principalmente bem assessorado ‒, Monsieur Macron lançou, no começo de junho, convite a todos os cientistas americanos para que viessem trabalhar na França, onde as torneiras que Mr. Trump estava fechando seriam abertas para deixar jorrar fartos incentivos. Passou por cima de G8, G20, Otan e todas essas criações artificiais que atravancam mais do que ajudam. Em contraposição irônica ao slogan de campanha do colega americano, o presidente francês, que domina a língua inglesa, propagou «Make our planet great again» ‒ Vamos restituir a grandeza a nosso planeta.

O governo francês reservou orçamento de 60 milhões de euros à operação. E não é que está dando certo? Mês e meio depois do convite, centenas de cientistas de alto coturno já se candidataram. Vêm do mundo inteiro. Entre eles, 150 estão interessados em estabelecer-se na França por longo período. Metade desses 150 são americanos. Com uma pontinha de inveja, Frau Merkel se prepara para repetir, na Alemanha, a iniciativa de Monsieur Macron.

Está aí um pequeno exemplo de política exterior visionária, de longo prazo e voltada para o bem do povo em contraposição a política ideológica e capenga, meramente voltada para mesquinhos interesses presentes. Ao atrair cientistas, a França dá lastro ao futuro do próprio país, enquanto o nosso arrogante Planalto gastou bilhões surrupiados do sofrido povo para construir o porto de Mariel, em Cuba. Tristes trópicos.

Nota
Requiescat in pace, frequentemente abreviado em R.I.P., é fórmula latina usada em referência a pessoa falecida. Significa que repouse em paz.

Restaurante chique

José Horta Manzano

A doutora foi flagrada, dia destes, elegantemente debruçada sobre uma mesa de «baretto» genebrino ‒ pequeno restaurante de estilo italiano, onde os bebes têm tanta importância quanto os comes. Ou até mais.

Estava bem acompanhada, como de costume. Observando a foto, percebe-se que Madame sorve as excelsas palavras do doutor Marco Aurélio «top-top» Garcia, aquela sumidade cujos sábios conselhos ajudaram a encurralar a política externa brasileira no beco do qual procura hoje escapar.

O instantâneo, publicado pelo Diário do Poder, qualifica o restaurante I Tre Bicchieri de “chique”. Não é. Restaurante chique não dispõe mesas grudadas umas às outras como casinhas de arrabalde. Em estabelecimentos de boa categoria, tampouco serão encontradas mesas alinhadas a poucos centímetros do balcão de serviço. O preço dos pratos propostos ‒ segundo cardápio disponível na internet ‒ equipara-se ao que se costuma praticar em restaurantes de qualidade mediana em Genebra.

A particularidade mais picante do evento escapou tanto ao autor da foto quanto ao do texto. O restaurante escolhido pela doutora encontra-se no coração do “quartier des banques”, região do centro de Genebra que concentra impressionante número de estabelecimentos bancários privados, desses de porta fechada, sem letreiro. Mas com porteiro vestido de casaca, como nos grandes hotéis cinco estrelas do país. O bairro não é especialmente conhecido por abrigar restaurantes “chiques”. A escolha do estabelecimento terá sido acidental.

Falta de tacto ou desaforo?

José Horta Manzano

Não me canso de apontar a enxurrada de erros primários que tem encharcado nossa diplomacia desde que o «governo popular» se aboletou no Planalto. O inspirador de grande parte dessas iniciativas calamitosas é senhor Marco Aurélio «top-top» Garcia, assessor que dispõe de cadeira cativa: entrou em função no primeiro governo do Lula e está lá até hoje.

Tito, Indira Gandhi, Nasser

Tito, Indira Gandhi, Nasser

Pode até nem parecer, mas esse senhor não é nenhum ignorantão. Estudou, tem formação. Seu problema – que acaba apequenando a diplomacia brasileira – é a fixação numa ultrapassada visão terceiro-mundista. Seu pensamento ficou ancorado no mundo dos anos 1960 e 1970, quando Nasser, Indira Gandhi e Tito tentavam escapar (sem realmente conseguir) da dualidade da Guerra Fria. Hoje, essa dicotomia não faz mais sentido.

Política externa não é o forte do Lula nem de dona Dilma. Tanto ele quanto ela decidiram abandonar esse importante espaço. Na falta de luminares, sobrou para senhor «Top-top». Que fazer? Em terra de cego, quem tem um olho é rei.

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Cônsules e embaixadores são enviados temporários. Dependendo das normas e da conveniência do Estado que representam, permanecem alguns meses ou alguns anos em cada missão. Em seguida, como numa dança de cadeiras, são removidos e despachados a outro país.

O posto de embaixador de Israel em Brasília vagou. O primeiro-ministro daquele país decidiu indicar senhor Dani Dayan para preencher o cargo. O governo brasileiro foi informado. Em princípio, o país receptor dá sua aprovação ao cabo de duas ou três semanas. Neste caso, passadas oito semanas, nosso Planalto se fecha num silêncio ensurdecedor.

Em artigo de 10 dez° 2015, o jornal The Times of Israel acredita ter entendido a razão da atitude de Brasília. O embaixador designado é notório ativista conhecido por seu empenho na causa da implantação de colônias israelenses na Cisjordânia ocupada.

Relações internacionais by Satoshi Kambayashi, desenhista japonês

Relações internacionais
by Satoshi Kambayashi, desenhista japonês

Ao que tudo indica, em julho de 2014, quando tratou o Brasil de «anão diplomático», o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense não estava usando figura de linguagem. Estava realmente expressando a convicção dos mandachuvas daquele país. A designação do novo embaixador é a prova flagrante.

Se enviassem esse senhor para um país pequeno e inexpressivo, o fato passaria despercebido. Nomeá-lo para representar Israel no Brasil é, no mínimo, falta de tacto. Na pior das hipóteses, é desaforo.

Grande e populoso, nosso país conta com importante comunidade de confissão judaica. Além disso, Brasília já mostrou sua desaprovação quanto à persistência de Israel na política de implantação de colônias em território ocupado.

As credenciais do novo embaixador dificilmente serão acolhidas pelo Planalto. Desta vez, justiça seja feita, não se pode atirar pedra no “top-top”. A aceitação desse diplomata seria interpretada como conivência com a ocupação da Cisjordânia, atitude que o atual governo brasileiro desaprova. E eu também.

Top-top na berlinda

Cláudio Humberto (*)

Brasil e África Crédito: Cebráfrica, UFRGS

Brasil e África
Crédito: Cebráfrica, UFRGS

Os deputados Alexandre Baldy (GO) e Miguel Haddad (SP) entram na CPI do BNDES com requerimentos de convocação de Marco Aurélio Garcia, aspone para assuntos internacionais aleatórios de Lula e agora de Dilma.

O conhecido “Top-top” é suspeito de tráfico de influência na concessão de crédito do banco de fomento do governo federal para o financiamento de ditaduras africanas. A suspeita é de que o BNDES tenha financiado obras em ditaduras, durante os governos do PT, justamente porque nesses países não há órgãos de controle.

Países como Cuba e ditaduras africanas não têm Ministério Público, tampouco tribunais de contas nem auditores fiscalizando obras.

O dinheiro não era fiscalizado nas ditaduras financiadas nem no Brasil: o BNDES negava acesso aos contratos até mesmo ao Tribunal de Contas da União.

(*) Cláudio Humberto, bem informado jornalista, publica coluna diária no Diário do Poder.

O sequestro

José Horta Manzano

Raptar uma pessoa e mantê-la em cativeiro a fim de chantagear terceiros é um dos crimes mais abjectos, mais nojentos. Se a extorsão por meio de chantagem já é ignóbil, o uso de um inocente como mercadoria de escambo é repulsivo e insuportável.

O rapaz raptado

O rapaz raptado

No começo de abril, bandoleiros paraguaios sequestraram um adolescente brasileiro e mandaram avisar os parentes que só o libertariam contra pagamento de resgate de meio milhão de dólares em dinheiro mais cinquenta mil dólares em víveres. A família, que tem posses, não discutiu e pagou rapidinho. Acontece que, além de criminosos, os cangaceiros eram desleais: embolsaram a fortuna, mas não soltaram o menino.

Agora, mais de seis meses depois do sequestro, o quotidiano paraguaio ABC Color informa que os delinquentes acabam de divulgar um vídeo inspirado nas asquerosas encenações de Al Qaeda e do grupúsculo Daech. No filminho, o sequestrado lê um texto escrito por outrem.

A quadrilha, que se autodenomina EPP «Ejército» del Pueblo Paraguayo, traindo a promessa feita em abril, exige a libertação de seis de seus membros, atualmente encarcerados. Sem isso, não soltará o jovem brasileiro nem um outro refém, um policial paraguaio.

Em outros tempos, esse drama, que se desenrola a poucos quilômetros da fronteira brasileira, já teria contado com reação eficaz do Planalto, do Itamaraty e até – por que não? – do exército brasileiro. Afinal, uma corriola de malfeitores está zombando de nós todos.

Em outros países mais zelosos de seus cidadãos, a opinião pública não permitiria que o caso se eternizasse, encalacrado. Afinal, o Paraguai, nosso vizinho, tem governo constituído, democrático, minimamente organizado, sobre o qual se pode fazer pressão. O brasileirinho não foi levado para as montanhas da Península Arábica nem para o dédalo de ruelas do centro antigo de Bagdá. Cáspite! Está a um tiro de estilingue da fronteira do Brasil.

Para infelicidade de todos nós, a alta cúpula que deveria estender sua mão protetora a todos os brasileiros está mais preocupada em garantir sua própria permanência no poder. Não sobra tempo nem disposição para outro assunto. Os brasileiros em apuros que se lixem. De todo modo, sequestrado não vota, não é mesmo?

Dilma e Garcia 2

Dona Dilma e o senhor Garcia

E pensar que temos, no primeiro círculo que rodeia a atual presidente, um assessor para assuntos internacionais. Seu nome é Marco Aurélio Garcia. Esse senhor, que está entre os mais influentes ideólogos do governo, tem tido, tradicionalmente, contacto com as autodenominadas Farc – Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, narcoguerrilha que, há mais de 40 anos, atormenta a existência de nossos vizinhos do norte. O senhor Garcia tem passe livre no seio daquele, digamos assim, movimento.

Não se sabe exatamente quem escreveu o discurso pronunciado por dona Dilma na ONU, aquele em que ela preconiza o diálogo com os decapitadores do deserto sírio. Ainda que o texto tenha sido redigido por um assessor, é improvável que tenha sido liberado sem o beneplácito do senhor Garcia, nosso virtual ministro de Relações Exteriores.

Já que não fica bem despachar um comando especial para resgatar o jovem refém, que se despache o assessor especial. Tanto pode ele ir pessoalmente à selva paraguaia, como pode também convidar o chefe do bando para uma conversa particular no Planalto. Pode até receber o conviva com honras de chefe de Estado, com passagem e hospedagem pagas pelo contribuinte brasileiro. Um malfeito a menos, um malfeito a mais, ninguém vai se escandalizar.

Afinal, quem tem Garcia dispensa acrobacia.

Diplomacia chinfrim

José Horta Manzano

A economia brasileira e a importância do País no tabuleiro internacional vêm-se deteriorando ano após ano. Analistas concordam. O distinto público, no entanto, nem sempre se dá conta do peso que nossa diplomacia representa nesse processo. Pelas escolhas que fez de seguir certos caminhos e esquivar-se de outros.

Aquarela do artista inglês William Smyth Porto do Rio de Janeiro visto de um navio - 1832

Aquarela do artista inglês William Smyth
Porto do Rio de Janeiro visto de um navio – 1832

O caráter fechado da economia brasileira já vem de tempos coloniais. Durante os trezentos anos seguintes ao descobrimento, navios estrangeiros estavam proibidos de atracar em portos brasileiros. Só receberam autorização depois da chegada de D. João VI, em 1808. E olhe lá: os portos só foram abertos porque a corte, que tinha vindo a contragosto fugindo das tropas de Napoleão, sentia falta de bens e mercadorias que não encontravam na carente colônia.

O governo Collor ensaiou tímida abertura. Os dez anos que se seguiram foram promissores. Parecia que nosso País, finalmente, despertava, pronto a ingressar no bazar mundial. E olhe que o momento era favorável, pouco antes do crescimento exponencial da China, quando ainda havia nichos de mercado por conquistar.

by Ernani Diniz Lucas, desenhista mineiro

by Ernani Diniz Lucas, desenhista mineiro

Isso foi até 2003, 2004. Já em meados do primeiro ano de governo do Lula, nosso País deu mostra de desinteresse por trocas internacionais. Inventou uma bobagem chamada Sul-Sul, uma espécie de clube dos pobres – que ideia insana… A formulação da política comercial externa apoiou-se no conceito dos «gigantes nacionais», deu corda (e dinheiro) aos eikes da vida e descansou. Deu no que deu.

E pensar que o governo companheiro tinha certeza de que, gigante por natureza, essepaiz seria forçosamente reconhecido como líder natural da região e, por consequência, como potência planetária. Assim, por inércia, sem mais nem menos, como se evidente fosse, à força de propaganda. Imaginaram que pudéssemos chegar lá por obra e graça do divino, não obstante tremenda desigualdade social, falta de poderio militar, PIB per capita subdesenvolvido e população semiletrada e inculta.

Sob a influência nefasta de um certo senhor Garcia, há doze anos eminência parda de nossa política externa, renegamos a imagem que havíamos levado séculos para forjar. O país cordial, acolhedor, pacífico, tolerante, simpático e esperançoso escorreu pelo ralo. Em seu lugar, surgir um Brasil esquisito, defensor de ditaduras sanguinárias, simpático a revoluções protagonizadas por narcotraficantes, amigo de regimes que apedrejam mulheres, deferente a sistemas autoritários – um Brasil que acolhe condenados pela justiça e repele perseguidos políticos.

É frustrante constatar que, em consequência de opções ideológicas empacadas num mundo que já acabou, nosso País se tenha apequenado. Nossa economia avassalou-se à China e atrelou-se às diretivas de Pequim. O Mercosul, criado para ser o motor de nossa inserção no circuito comercial planetário, tornou-se tribuna política onde tiranetes e postulantes se reúnem para maldizer os loiros de olhos azuis. Uma tristeza. A gente se pergunta como é possível ser tão dogmático e tão primitivo.

Dilma e Garcia 2O Estadão de 17 out° publicou uma comparação interessante entre duas visões da diplomacia política e comercial brasileira. O diplomata de carreira Rubens Barbosa e o «assessor» Garcia revelam suas convicções. O senhor Barbosa foi embaixador em Londres (1994-1999) e em Washington (1999-2004), o topo da carreira, sonho de todo diplomata brasileiro. O senhor Garcia, como já mencionei, é a eminência parda por detrás do desastre diplomático brasileiro destes últimos doze anos.

Se tiver curiosidade de ler o artigo do Estadão, clique aqui. Se você tiver mais o que fazer, tem problema não. Basta saber que Barbosa é artífice do projeto de Aécio Neves para o Itamaraty. E que Garcia está há 12 anos por detrás das decisões diplomáticas do Brasil e tudo indica que continuará lá em caso de vitória de dona Dilma.

Você escolhe.

Estreito, atrasado, trapalhão

O governo «plantou» nos jornais de ontem correção importante no seu discurso sobre o Oriente Médio: destacou que a presidenta Dilma qualifica de «massacre» e não «genocídio» o que ocorre em Gaza, em razão da ofensiva israelense.

Dilma isola e se descola do aspone lulista Marco Aurélio «Top-Top» Garcia – que usou a expressão «genocídio», provocando reação de Israel e fazendo do Brasil motivo de chacota.

O governo de Israel chutou o pau da barraca e chamou de «anã» a diplomacia brasileira por saber que «Top-Top» Garcia a lidera de fato.

Dilma e GarciaEstreito, atrasado, trapalhão, Marco Aurélio Garcia jamais foi diplomata, mas define a política externa desde o governo do Lula.

Subservientes, os diplomatas assistem Marco Aurélio Garcia esfacelar o prestígio construído pelo Itamaraty ao longo de mais de cem anos.

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Reprodução de artigo publicado pelo jornalista Cláudio Humberto in Diário do Poder, 30 jul° 2014.