Frase do dia — 171

«Dilma Rousseff tenta transmitir ao eleitor a mensagem de que o Estado é tutor do bem-estar dos cidadãos e que, sem a continuidade do PT no poder, este ente provedor e “solucionador” se desmantela.

Aécio Neves tenta mostrar justamente o contrário: que o problema do País é o governo, ao atribuir à administração ‘dos últimos quatro anos’ tudo o que deu errado e ‘ao esforço dos brasileiros’ tudo o que deu certo.»

Dora Kramer, colunista do Estadão, ao comentar o primeiro dia de campanha política compulsória na tevê. Em 20 ago 2014.

Frase do dia — 168

«Sem mau humor, sem descrença, sem divisões, sem “eles”. O Brasil de todos nós. Agregador, assim era Eduardo Campos, um político de quem se podia discordar, mas uma pessoa de quem era absolutamente impossível não gostar.»

Dora Kramer, em sua coluna do Estadão, 14 ago 2014.

Leveza ideológica

Dora Kramer (*)

Nos tempos de oposição, o PT sempre foi um ferrenho adversário do chamado Sistema S, o conjunto de entidades corporativas voltadas para aprendizagem profissional, assistêcia técnica e similares, como Sesc, Senai, Sesi, Senac e várias outras. Pregava sua extinção.

Depois que virou governo, o partido nunca mais deu uma palavra contra. Uma boa parte da explicação pode ser encontrada em reportagem da revista Época desta semana.

Sesi SenaiMostra como funciona um cabide de funcionários fantasmas no Sesi de São Bernardo do Campo (SP). Nele se encontram pendurados um assessor de Lula na época do Planalto, uma das noras do ex-presidente e a mulher do ex-deputado João Paulo Cunha.

Jair Meneghelli, ex-deputado federal, ex-presidente da CUT, preside o Sesi. Ganha até 60 mil reais mensais, tem dois carros com motorista à disposição ― um em São Paulo, outro em São Bernardo.

(*) O texto transcrito é excerto da coluna de Dora Kramer publicada no Estadão de 6 ago 2014.

Frase do dia — 152

«O horário dito gratuito, como se sabe, já é devidamente financiado pelo público mediante a renúncia fiscal a que têm direito as empresas de comunicação pela cessão do espaço.

(…) Os programas dos candidatos à reeleição também acabam sendo em parte pagos pelo contribuinte. Isso sem que ele seja informado nem que perceba sua condição de doador compulsório.»

Dora Kramer, em sua coluna do Estadão de 6 jul° 2014.

Frase do dia — 149

«O acúmulo de desmandos formou um passivo em que a realidade venceu o marketing.»

Dora Kramer, em sua coluna do Estadão de 20 jun° 2014, aludindo ao governo federal e à queda de popularidade de dona Dilma.

Frase do dia — 143

«Luiz Inácio da Silva, ao ganhar a eleição em 2002, não soube perceber: a lei vale para todos e, uma vez transgredida com autorização do Estado, mais cedo ou mais tarde, a barbárie se generaliza.»

Dora Kramer, em sua coluna do Estadão de 1° jun 2014.

Frase do dia — 138

«Lula, por boa contingência da vida, conta com transporte terrestre e aéreo à disposição, trata da saúde no Sírio-Libanês e não enfrenta desconfortos do cotidiano.

Nada contra, desde que não faça pouco caso de quem se ache no direito de querer algo além de comida (cara) no prato, serviços públicos de péssima qualidade e apelos à gratidão eterna para um governo que se tem na conta de inventor do Brasil.»

Dora Kramer, em seu artigo Ir a pé ou ir de trem, in Estadão 20 maio 2014.

Frase do dia — 135

«O País está violento, intolerante, raivoso, necessitando urgentemente de um poder moderador/pacificador, cuja tarefa se inicia pela retomada de valores como legalidade, compromisso com a verdade, probidade, civilidade e respeito ao contraditório.

O acirramento de ânimos pode ser eficaz na luta política, mas acaba contaminando a sociedade quando a dinâmica do conflito e do vale-tudo sem regras nem limites é incorporada como prática cotidiana no exercício do poder.»

Dora Kramer, em sua coluna do Estadão, 11 maio 2014.

Frase do dia — 125

«O Brasil é politicamente “démodé”. Não inova, recorre aos mesmos métodos há décadas e deles não desgruda por mais que o esgotamento seja uma evidência. É quase como se o País tivesse reconquistado a democracia mas não soubesse direito o que fazer com ela.»

Dora Kramer, em sua coluna no Estadão de 1° abril 2014.

Frase do dia — 123

«O Instituto Lula desmentiu que o ex-presidente tenha dito que a presidente Dilma Rousseff deu “um tiro no pé” ao dizer que aprovara a compra da refinaria nos EUA baseada em relatório “técnica e juridicamente falho”. De fato, não foi essa a frase. A expressão usada por Lula foi “tiro na cabeça”

Dora Kramer, em sua coluna no Estadão de 25 março 2014.

Frase do dia — 106

«Desta vez, a segunda chance não foi dada ao réu, mas aos juízes necessitados de se redimir do vexame anterior.»

Dora Kramer, em sua coluna in Estadão.
Refere-se ao voto da Câmara Federal que cassou o mandato legislativo do presidiário Donadon.

Frase do dia — 103

«O cinegrafista Santiago Ilídio Andrade não foi vítima de um acidente. Morreu assassinado pelas mãos do mascarado que atirou um rojão a esmo incentivado pela glamourização dos atos de vandalismo, cuja repressão vem sendo sistematicamente condenada por uma parte da sociedade que enxerga na violência uma forma legítima de protesto e não reconhece que o uso da força é dever do Estado quando em risco está a ordem pública.

Se esse é um raciocínio tido como conservador, queira o bom senso que a banalização da vida não seja vista como um pensamento progressista.»

Dora Kramer, em sua coluna in Estadão, 11 fev° 2014.

Frase do dia — 31

«O defeito não está no número de legendas. Reside, isso sim, na concepção de que devam necessariamente ser financiadas e sustentadas por dinheiro público. Cortem-se as verbas e consequentemente haverá redução do interesse de se fundarem partidos ao molde de armazéns.»

Dora Kramer, discorrendo sobre novos partidos que pipocam a cada instante. In Estadão, 1° out° 2013.

A frase do dia – 06

“Pois quem tem os instrumentos para corromper? Quem recebeu delegação para usar dinheiro público? A quem cabe dar uma solução para a inflação? Quem gastou a rodo com os estádios da Copa? Certamente não foram os marcianos nem a oposição.”

 

Dora Kramer
in Estadão de 20 junho 2013

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A Casa dos Representantes

José Horta Manzano

“O PT faz acordo para levar um denunciado e um investigado pelo Ministério Público às presidências do Senado e da Câmara, financia partidos para atraí-los à base governista, correligionários de altas patentes são condenados à prisão e, segundo o presidente do partido, a ‘oposição apartidária’ é que desmoraliza a política. Que tal?”

Esse é o primeiro parágrafo do artigo de Dora Kramer publicado pelo Estadão online neste 1° de fevereiro. Quem estiver interessado na continuação que clique aqui.