José Horta Manzano
Se uma máxima latina tivesse de ser escolhida para descrever os sucessivos personagens que governaram o Brasil nos últimos 20 anos, ela seria certamente esta:
José Horta Manzano
“– A CPI é um vexame, só se fala em cloroquina!”, exclamou o capitão.
“Queria que falasse de quê?”, perguntamos nós, “do aumento da população de jacarés no Pantanal?”
A Comissão foi instalada exatamente para avaliar os estragos cometidos por Sua Excelência desde o início da pandemia. É natural que fale de cloroquina. Ao final dos trabalhos, o capitão ainda periga tomar um processo por charlatanismo e exercício ilegal da medicina.
José Horta Manzano
Convocado a depor, ministro Weintraub mantém-se calado.
Cá entre nós, não é banal ser convocado a dar explicações à polícia por ter feito travessuras. Quando se está ministro, então, é mais grave. Quando se é ministro da Educação, ser chamado à ordem por ter proferido insultos é vexame a figurar em futuros livros de história.
Ajuizados, os romanos já haviam previsto a situação. Veja:
José Horta Manzano
Desde que o século virou, faz já duas décadas, a presidência de nossa maltratada República tem-se caracterizado por chefes de poucas letras. Não só os chefes – a característica se espalha pelos assessores e acaba marcando todo o pessoal que ocupa o palácio. Boa parte das decisões desatinadas que vêm freando o avanço do país encontra explicação nessa falta de luzes.
Um bom presente de ano-novo para a turma do Planalto seria um cartaz, a ser afixado em todos os locais e gabinetes (banheiros incluídos), com os seguintes dizeres:
Quem sabe acabam entendendo o recado? Não custa tentar. É para o bem do país, que não há outro jeito. Enquanto formos liderados por ignorantes, não vamos sair do atoleiro.