José Horta Manzano
Você sabia?
Em muitos aspectos, Luxemburgo é um país diferente dos demais. Pra começar, é o único grão-ducado de que se tem notícia no planeta. Há reinos, principados, confederações, uniões. Grão-ducado, só esse. O chefe de Estado é o grão-duque Henri. O nome da dinastia se confunde com o nome do país: Luxemburgo.
É um país rico. Pelas contas do FMI, tem o PIB per capita mais elevado do mundo: 112 mil dólares. Para comparação, o do Brasil é de 17 mil dólares.
Para padrões brasileiros, o grão-ducado tem superfície exígua: 2600km2, menos da metade do Distrito Federal. Assim mesmo, faz fronteira com três países: Bélgica, Alemanha e França. Entre os membros fundadores da União Europeia, é o menorzinho.
A população fixa é de 600 mil pessoas. Todos os dias um importante contingente de 200 mil trabalhadores estrangeiros fronteiriços se dirige ao país. Entram e saem diariamente. Metade deles são franceses. Os demais são alemães ou belgas.
O país está na fronteira entre as línguas germânicas e latinas. Essa situação confere ao grão-ducado uma paisagem linguística peculiar. O luxemburguês, um dialeto germânico, é a língua vernacular. Praticamente todos os que cresceram no país se exprimem nesse idioma. No entanto, quando se trata de textos escritos, o alemão e o francês são as línguas mais difundidas.
Em matéria legislativa e judiciária, o francês domina. As leis são todas escritas nessa língua. Já na administração fiscal, reina o alemão. Os impostos são cobrados nessa língua ‒ ficam mais assustadores.
Os primeiros anos de escola (pré-escola) são dados em luxemburguês. Em seguida, a alfabetização é feita em alemão. O francês é ensinado a partir do segundo ano do ensino fundamental.
A colônia portuguesa é importante. Imigrantes lusos representam 16% da população, ou um cidadão em cada seis. Embora conheçam também as línguas do país, esses imigrantes se exprimem em português como primeira língua.
Comunicações oficiais de maior importância costumam ser feitas nas quatro principais línguas escritas do país: alemão, francês, português e inglês.
Herr Bausch, ministro da Mobilidade, acaba de anunciar uma novidade mundial. A partir de março 2020, os transportes públicos serão gratuitos, tanto trens como ônibus. Somente os passageiros de primeira classe nos trens continuarão a pagar passagem. Os demais viajarão de graça. Com essa medida, o governo espera reduzir a emissão de poluentes e os congestionamentos de tráfego.