José Horta Manzano
Viagem de chefe de Estado ao estrangeiro não é algo banal. Por razões de segurança, importante preparação logística precede a visita. Tudo é estudado, pensado, inspecionado ‒ desde o alojamento onde o visitante vai-se hospedar até a comida que lhe será servida.
Um dos momentos mais observados, que fará certamente manchete na mídia, é a descida da escadaria do avião. Todo um ritual envolve a recepção. Não se deve descer escadaria de avião presidencial como quem descesse a escada de casa, indo do quarto para a sala.
Essa tropa que se vê na foto, descendo todos ao mesmo tempo como um bando de turistas, pega mal pra caramba. Mostra que nossos especialistas em cerimonial ainda não apreenderam certas sutilezas. Ou, pior, deixa claro que o andar de cima ainda não absorveu a lição.
Comportamentos que se podiam relevar num Lula ou numa Dilma são inadmissíveis numa equipe civilizada.
Observe o distinto leitor como fazem outros chefes de Estado. Além da esposa ‒ e, eventualmente, de membros da família ‒, ninguém mais desce a escada ao mesmo tempo. Primeiro, espera-se que o número um seja recebido. Só então, sai o resto da turma. Preste atenção.
Ainda não chegamos lá.
“Comportamentos que se podiam relevar num Lula ou numa Dilma são inadmissíveis numa equipe civilizada.”……..não acredito que temos, tínhamos, ou tenhamos (ao menos a médio prazo), uma equipe qualificada nem na direção do país nem no que se refere a coordenação de cerimoniais ou ritos………pode ser por ignorância cretina, tipo “isso são bobagens que ninguém repara e tem um significado simbólico tosco”, ou por ignorância presunçosa, tipo “é claro que eu sei como descer de um avião e não preciso de nenhum imbecil para dizer isso”………….e, caro amigo José, a referência a Lula e Dilma como descivilizados foi desnecessária e incomum em uma pessoa com o conhecimento que você tem………me pareceu um destempero com uma pitada de intolerância contra o diferente, o outro, o “descivilizado” na concepção que tinham os portugueses e espanhóis dos índios e povos pré-colombianos…………..enfim, triste………..
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Tem razão, Eder, foi triste período, uma mancha que vai levar bom tempo até desbotar. Mas o tempo é remédio pra tudo. Os passos que estão sendo dados agora, apesar de meio desajeitados, estão na boa direção. Daqui a algumas décadas, esses treze anos de desvario serão como o período getulista: farão parte dos livros de História.
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O triste, do meu comentário, não se referiu a nenhum período temporal………poderia ser interpretado como um período se nos atermos a concepção gramatical do termo…….
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O aprendizado por aqui anda difícil veja também que precisou levar a esposa, para que? Em que ela irá contribuir?
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