José Horta Manzano
Os sorrisos forçados são apenas fachada. Por dentro, devem sentir engulho.
O vexame do quase futuro ministro levantou uma onda que já chegou à Europa. A edição de 30 de junho do jornal francês Le Parisien dedicou um artigo ao assunto.
«Brésil: le CV ‘gonflé’ du nouveau ministre de l’Education fait polémique»
«Brasil: o currículo ‘inchado’ do novo ministro da Educação cria polêmica»
Não me lembro de ter visto, na mídia brasileira, artigo sobre ministro estrangeiro que tivesse ‘inchado’ o currículo. É assunto interno que, em princípio, não interessa a ninguém no Brasil. Inversamente, o vexame de nosso ‘doutor’ chega até Paris. Por quê?
Faz parte do custo Bolsonaro, um componente que atravanca a imagem do Brasil. Do exterior, enxergam nosso país com crescente desconfiança.
Como já escrevi antes, essa deterioração não atinge diretamente o brasileiro, ou seja, não é do cidadão que se desconfia. A prevenção é contra os dirigentes.
Assim mesmo, se a administração de doutor Bolsonaro contribui para que se fechem portas no exterior, quem paga o pato, no final, é o cidadão brasileiro.
Mais uma das vergonhas internacionais, você quis dizer, não é? Esta é provavelmente a mais vergonhosa de todas quando se considera que diz respeito à Educação. Mostra bem o caráter do ignaro capitão-presidente – que provavelmente se deslumbrou com o tamanho do curriculum Lattes do cara. Ontem li no Facebook uma frase postada que ilustra à perfeição o sentimento da média dos brasileiros: “Em todo o período, gostei mais da gestão do Decotelli do que da do Weintraub”
CurtirCurtido por 1 pessoa