José Horta Manzano
Segunda-feira de Carnaval. Na redação do jornal, saíram todos: chefe, subchefe, vice-chefe, auxiliar do chefe. Nem o pretendente a chefe ficou. Sobrou para os estagiários.
Jacques, gaúcho trilegal e leitor fiel do blogue, costuma prestar atenção ao que lê na mídia. Ficou ‘estarrecido’ ‒ como costuma dizer aquela em quem vocês estão pensando ‒ com o que encontrou. A edição gaúcha do G1 traz uma coleção de fazer inveja.
Alguns são modismos, outros são imprecisões, outros, ainda, erros primários. A Pátria Educadora continua arreganhando os dentes. Cariados.
Estado (da Federação) pede letra maiúscula.
Fazer foto? Soa esquisito. Este blogueiro é do tempo em que ninguém “fazia” foto. Foto se tirava.
É irritante ver o verbo seguir usado como sinônimo de continuar. Seguir sugere algum movimento: seguir em frente, seguir alguém, seguir um desfile. No presente caso, o barco está imóvel debaixo d’água há dez dias. Seguir não serve. Substitua-se por continua, permanece, está, perdura, mantém-se.
Como todo nome próprio, Carnaval, que é nome de festa, pede inicial maiúscula.
Não contente com o sumiço do til, o escriba transformou o feriado numa ferida. Uma grande ferida. Um feridão!
Numa curta chamada, três reparos.
Primeiro: não se ateia fogo em, ateia-se fogo a.
Segundo: o cobrador não foi ferido após o assalto, mas no assalto.
Terceiro: dizer que “o suspeito“ fugiu com o dinheiro é exagerar no politicamente correto. Não se pode dizer assaltante? Ou será que tem de esperar que o processo transite em julgado?
Pronto, aqui está a cereja em cima do bolo. O termo óculos, redução da expressão par de óculos, é plural. Sempre. Os linguistas chamam a esse fenômeno pluralia tantum. Não se assuste. Diga os óculos, meus óculos, seus óculos. Vai acertar.
É, foi um senhor “feridao” mesmo 😁
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A falta dos óculos deixou que passasse despercebida uma palavra novíssima – CANRVAL.
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Tem razão, Celia! E ninguém notou. Parabéns!
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