José Horta Manzano
New Zealand
Dura lex, sed lex
José Horta Manzano
Você sabia?
Os que vendem aqueles petrechos imprescindíveis para compor o perfeito torcedor andam fazendo bons negócios. Bandeiras, bonés, cornetas & congêneres se vendem bem estes dias. E não só no Brasil.
Todo suíço adora hastear uma bandeirinha ― seja em época de Copa ou não. Na janela, num mastro plantado no jardim, na barraca de acampamento, qualquer lugar é bom. Países de território exíguo tendem a ser mais apegados a marcas de nacionalidade.
Fachadas de prédios, nestes dias de «Copa das copas», andam coloridas. O número de estrangeiros é grande, donde a diversidade de bandeiras. Além das suíças, as portuguesas, as italianas e as alemãs são as mais comuns. Até ontem, viam-se muitas espanholas também. Compreensivelmente, desapareceram todas hoje de manhã.
Tenho até um vizinho exótico, que arbora a bandeira da Nova Zelândia ― e não somente durante campeonatos de futebol. Mas isso é raro.
Anda na moda cobrir o espelho retrovisor externo do automóvel com uma capa estampada com o desenho da bandeira. É costume recente e tem feito muito sucesso. Mas cuidado! Pode ser ilegal!
Um automobilista do Cantão de Berna escreveu a um jornal local lamentando-se da multa que levou por ter coberto seu retrovisor com a bandeira nacional. O motivo? É que, em certos modelos de automóvel, o espelhinho externo incorpora uma lampadazinha que serve de pisca-pisca.
Se a capa, ao cobrir o retrovisor, ocultar o pisca-pisca, o automobilista pode ser acusado de ter modificado de modo ilícito as características homologadas do veículo. E a multa pode ser salgada.
A polícia promete não pecar por excesso de zelo, isto é, não tem intenção de parar todo carro que passar com capinha sobre o retrovisor. No entanto, se isso acontecer numa batida policial, aí não tem jeito: multarão.
Dura lex, sed lex. No cabelo, só Gumex.