Paraskevidekatriafobia

José Horta Manzano

Tudo tem nome. Até aquelas “multidões de anônimos” que aparecem em fotos de manifestações, no fundo, não mostram indivíduos “anônimos” (sem nome). Cada um deles tem nome próprio e sobrenome. Esses participantes não deveriam ser descritos como “anônimos”, mas como “desconhecidos”: uma multidão de desconhecidos, isso sim.

Hoje é sexta-feira 13. Dia comum, que passa batido para a maioria de nós, é data estressante para muita gente fina. O distinto leitor e a encantadora leitora certamente já ouviram comentários do tipo “Ih, hoje é dia de azar” ou “Pôxa, sexta-feira 13… só falta cruzar com um gato preto”.

Cada um tem suas superstições, ainda que mínimas, insignificantes. Mas o nível de sensibilidade a elas varia de um indivíduo a outro, podendo, em algumas pessoas, atingir extremos intoleráveis.

Numa sexta-feira 13, tem gente que nem põe o pé na rua, de tanto medo de que algo ruim aconteça. Não estão fazendo isso por charme, acredite. Estão passando por um sofrimento real, um nível de estresse sufocante, avassalador. Uma verdadeira fobia.

Pois essas pessoas são vítimas de paraskevidekatriafobia, pavor mórbido de sexta-feira 13. O termo vem do grego paraskevi (sexta-feira) + dekatria (13) + phobia (medo patológico).

Outras fobias também têm nome:

Claustrofobia – medo patológico de estar em espaço fechado
Enofobia – ojeriza ao vinho
Pedofobia – repulsão a crianças

Sabemos que, dois milênios antes de nossa era, os povos da Mesopotâmia já utilizavam um sistema de cálculo de base 12. Nosso sistema de medição de ângulos e de divisão das horas do dia é herança dessa antiga criação. Dá pra entender que, sendo 12 o número perfeito, redondo e que fecha o círculo, o 13 aparecesse como resultado da entrada de um intruso na roda.

O cristianismo recolheu essas antigas crenças e as reforçou. Sexta-feira está associada à crucifixão de Jesus, donde muitos fiéis considerarem essa data infeliz. A Santa Ceia se realizou com Jesus e seus apóstolos, num total de 12. O 13°, que era Judas Iscariotes e acabou traindo o Mestre, bagunçou o coreto. E o número 13 carrega a cicatriz até hoje.

Na cultura britânica, sexta-feira costumava estar associada a execuções de pena capital. Da sexta-feira, diziam que era “o dia dos enforcados”.

Nos EUA, muitos edifícios não têm o 13° andar – passam direto do 12° para o 14°. Na minha visão, o 14° não passa de um 13° (mal) disfarçado. Mas, enfim, se satisfaz ao distinto morador…

Em certos indivíduos, a paúra da sexta-feira 13 é tamanha que assume caráter patológico. Ressentem sintomas como: respiração ofegante, tontura ou vertigem, ritmo cardíaco acelerado, comportamento ritualístico como comer alho e dar 13 voltas no quarto, sensação de morte iminente.

Os conselhos que se podem dar a quem sofre dessa doença são reflexões de bom senso. Acidentes e coisas ruins podem acontecer em qualquer dia da semana ou do mês.

Nos EUA, pra você ver como a coisa lá é levada a sério, há em Las Vegas uma clínica especializada em cuidar dos que sofrem de paraskevidekatriafobia.

Espero que, tirando um restinho de superstição herdado dos pais e avós, nenhum de vocês entre em parafuso a cada sexta-feira 13.

Com todo o respeito devido aos infelizes que estão neste momento debaixo de tiro e bomba no Oriente Médio, vamos nos alegrar de não estarmos na mesma situação.

Nossas balas perdidas já são suficientes pra apavorar e castigar qualquer cidadão.

Quando tudo é permitido

Michael Krüger

José Horta Manzano

Michael Krüger (1943-) é um prolífico escritor e tradutor alemão com cerca de 40 livros publicados. É um frasista. Já fez afirmações tais como: “Sobre a literatura universal, paira uma nuvem de álcool” ou “De fato, quando se pensa bem, as pequenas coisas não dão futuro; precisamos de grandeza”.

Entre suas afirmações há uma, bastante conhecida, com a qual não tenho certeza de concordar: “Quando tudo é permitido, há poucos conflitos”. É um dito que pede reflexão. Em certos relacionamentos amorosos, pode até funcionar, dependendo da índole de cada parceiro. En nível universal, quando se estuda a relação entre todos os indivíduos de uma sociedade, a coisa aperta.

Como se sabe, a liberdade de cada um termina onde começa a entrar em atrito com a liberdade do outro. Se tudo for permitido, como propõe Krüger, fatalmente haverá atritos. Em teoria, até a estupidez selvagem do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes seria permitida – um ultraje à vida civilizada.

A esse propósito, lembro uns versinhos antigos, às vezes atribuídos a Winston Churchill. Dependendo do país e da época, a quadrinha circula com versões diferentes. Na atualidade, seria assim:

Na Inglaterra, tudo é permitido, menos o que é proibido.
Na Alemanha, tudo é proibido, menos o que é permitido.
Na Coreia do Norte, tudo é proibido, até o que é permitido.
No Brasil, tudo é permitido, principalmente o que é proibido.

Isso é só pra fazer graça, que, na realidade, não é assim. Ainda bem.

Até breve!

by Bill Bell (1934-) artista norte-americano

Queridos leitores,

Estamos chegando ao fim de um ano difícil. A gente não vê a hora que este 2022 se acabe, se vá e não volte. E bola pr’a frente.

Vou deixá-los em paz por alguns dias. Vosso sossego só será quebrado pelo artigo que escrevo para o Correio Braziliense, e que publico no fim do mês. Depois disso, só volto no ano que vem.

Desejo a todos boas festas de Natal e fim de ano. E um 2023 mais risonho que todos os anos anteriores.

Obrigado a todos pela audiência, que me honra e alegra.

O quarteto final

José Horta Manzano

Nestes últimos dias de Copa, as ruas de Doha estão se esvaziando. À medida que seleções vão ficando à beira da estrada, os torcedores desapontados vão deixando o país, sem ânimo de assistir aos últimos jogos. Para o torcedor entusiasmado, quando seu time nacional se vai, o campeonato perde a graça.

É verdade, nós também demos adeus ao verde-amarelo. Mas a Terra não parou de girar. O espetáculo prossegue com embates entre os quatro sobreviventes, dentre os quais sairá o campeão do mundo. Que fazer agora? Torcer pra que todos percam? Não faz sentido.

Por minha parte, sigo o raciocínio seguinte. As quatro seleções remanescentes são uma fotografia representativa da distribuição geográfica do futebol atual: sobraram duas equipes europeias, uma sul-americana e uma africana.

A opulenta Liga Europeia, com 53 países membros, tem direito a duas vagas entre os quatro finalistas. O continente americano também merece mandar um representante: desta vez, foi a Argentina. A presença da seleção marroquina simboliza a periferia do futebol mundial, excluída a Europa e a América do Sul; é uma periferia em plena ascensão.

Acho que não vale a pena dar de ombros e desligar a televisão justo agora que se pode apreciar o espetáculo de modo desapaixonado. Por minha parte, torço para a Argentina, último representante de nossa região. Se ganhar, ganhou; se não, tanto faz. Vamos aproveitar, que ainda temos quatro jogos até domingo.

Frasista

José Horta Manzano

A maior parte dos dicionários online de língua portuguesa anotam que a palavra “frasista” designa o indivíduo que aprecia fazer frases rebuscadas mas vazias de sentido. Dos que consultei, o Caldas Aulete é o único que amplia o significado do termo, ao conceder que são frasistas todos os que costumam fazer frases de efeito com ou sem conteúdo significativo.

Quero lembrar hoje aqui um grande frasista brasileiro, desaparecido há mais de meio século. Trata-se do carioca Sérgio Marcus Rangel Porto (Sérgio Porto), que também assinava com um heterônimo: Stanislaw Ponte Preta.

Verdadeiro homem de sete instrumentos, Sérgio Porto exercia como jornalista, compositor, escritor, cronista, teatrólogo, radialista. Tinha fértil veia humorística que ressurgia a cada esquina de sua obra. Bom exemplo são os livros de crítica sutil que escreveu sobre o fenômeno que ele nomeou Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País).

Porto foi abatido pelo terceiro infarto que sofreu. Tinha 45 anos.

Em sua curta existência, mostrou ser fino observador dos costumes de sua época. Sua avaliação está registrada em frases que nos chegam como uma fotografia dos anos 1950 e 1960.

Surpreendentemente, frases que ele criou há mais de meio século continuam atuais como se tivessem sido pronunciadas semana passada. Umas delas é:


“No Brasil as coisas acontecem, mas depois, com um simples desmentido, deixaram de acontecer.”


Foi inspirada na ditadura, mas convenhamos que continua combinando perfeitamente com os dias atuais.

Outra frase de Sérgio Porto vem a calhar para o comportamento abestalhado de nosso presidente sainte (que sai):


“Ninguém se conforma de já ter sido.”


 

Cultura inútil – 1

José Horta Manzano

Falando de novela de tevê, você às vezes não acha que 180 capítulos é muita coisa? Parece interminável, não é? Dá até impressão de que estão enchendo linguiça.

Pois console-se. Na França, acaba de terminar uma novela de televisão chamada Plus belle la vie (Mais bonita a vida). A trama se passava num bairro imaginário da cidade de Marselha e narrava o quotidiano e as idas e vindas de seus habitantes, gente comum.

Agora, segure-se: a particularidade é que a novela durou 4.665 capítulos (!) e ficou no ar durante 18 anos – de 2004 até 2022. Quem dá mais?

Doa a quem doer

José Horta Manzano

A expressão “doa a quem doer” me traz à memória a gafe histórica perpetrada por Fernando Collor, então presidente do Brasil. Há exatos 30 anos, em entrevista à televisão argentina, Collor afirmou que estava preparado para punir os culpados por quaisquer irregularidades em seu governo. Em refinado portunhol, acrescentou: “duela a quién duela”, que lhe pareceu ser a melhor tradução para “doa a quem doer”.

Expressões idiomáticas não devem ser traduzidas ao pé da letra porque, em geral, dá linha cruzada (essa é do tempo do Onça). Por exemplo, se você pegar a expressão “ao pé da letra” e traduzir para o inglês – ao pé da letra –, fica “to the foot of the letter” – sequência de palavras incompreensível para ouvidos anglófonos.

Dando de ombros a toda prudência, Collor ousou. E se estrepou. Naquela circunstância, um ouvido hispanofônico esperaria algo do tipo “no importa a quién le duela”.

Só ouvintes muito espertos devem ter entendido o “duela a quién duela”. Mas Collor não era esperto.

O medo da morte

José Horta Manzano

Assim que o primeiro estalo de civilização atingiu os contemporâneos de Lucy, o homem se habituou a dar sumiço no cadáver de seus mortos. Desde então, nenhum povo costuma derrogar a essa prática.

Até poucos séculos atrás, não incomodava a ninguém que águas usadas, transformadas em fedido esgoto, escorressem a céu aberto. No entanto, ninguém jamais admitiu ter de alargar o passo para evitar pisar em cadáveres insepultos. A barreira entre vivos e mortos tem de ser física, forte, visível, hermética, intransponível. Alguns recorrem à cremação, mas a maioria prefere enterrar seus defuntos. Sem esquecer de instalar algo pesado por cima.

Esse «algo pesado» com que se cobrem as sepulturas é revelador de um pavor ancestral de que o falecido possa voltar, seja para cobrar dívidas deixadas em aberto, seja para agarrar algum vivente e arrastá-lo inexoravelmente para as trevas.

Na ausência de espiritualismo sofisticado, o homem primitivo cobria as sepulturas de pedras pesadas. Não era simbólico: era pra valer. Garantia que o finado, caso resolvesse retornar para buscar alguém, não tivesse força suficiente para levantar-se da cova. As lápides de mármore ou granito que, ainda hoje, povoam cemitérios de Oropa, França e Bahia são reminiscências desse pavor de ser puxado para os infernos.

O respeito à vontade dos mortos continua sendo a regra em nossa sociedade. As determinações daquele que se foi costumam ser rigorosamente respeitadas, ainda que se situem fora do âmbito da obrigação legal. Vocês já repararam que todo morto «vira santo»? Frase do tipo: “Ah, Fulano era tão bom”, “Homem bom tava ali, sô” são amplamente ouvidas em velórios.

Mas o tempo é remédio para tudo. Passado o luto, o medo diminui. Alguns anos depois, talvez sentindo que o perigo já passou, voltamos a enxergar nossos mortos como realmente foram, com suas qualidades e seus defeitos. E o temor da volta do falecido se atenua.

E a vida continua.

Publicado originalmente em 9 dez° 2012

A escolha da data

José Horta Manzano

Em outras ocasiões já devo ter falado da birra que tenho contra essa moda de acrescentar um zero à esquerda dos algarismos. (Para quem já se esqueceu, lembro que algarismo é o que hoje convém chamar de dígito.)

Acho muita graça quando leio (ou até ouço) “dia 01”, “guichê 03”, “elevador n° 02”. Tem gente que, obedecendo à curiosa mania, leva o costume para dentro de casa e acaba numerando membros da família, fala em “filho 01”, “filho 02” e por aí vai. A mim, parece um bocado simplório.

Até algumas décadas atrás, todo o mundo, rico ou pobre, costumava ter apelido. Lembro que todos os irmãos de minha avó (eram 12, fora ela) tinham apelido. Parecia até obrigatório. No entanto, gente numerada dentro da família, confesso que nunca tinha visto antes da chegada do clã que dá as cartas no Planalto.

Adivinho qual possa ter sido a origem do modismo de acrescentar um zero à esquerda de números pequenos. No tempo em que o cheque era um meio chique de pagamento – usado somente em ocasiões especiais, quando o montante era considerável –, o cidadão que o emitia procurava se precaver contra falsificações que pudessem aumentar o valor do documento.

Assim, no campo onde a quantia aparecia por extenso, usava-se grafar “hum mil cruzeiros”, por exemplo. Ou então, punha-se um traço horizontal grudado ao início da quantia. Assim: “–––––Quatrocentos milréis”. Já no campo onde aparecia o montante em cifra, alguns introduziam um zero entre o traço horizontal e o valor. Assim, para quatrocentos milréis, ficava: “––––0400$000”. Se alguém tiver explicação melhor para a origem do modismo atual, mande cartinha para a Redação.

Escolher data de morte é difícil. A gente pode até ter um forte desejo de morrer dia tal, mas é complicado ter controle sobre o assunto. Escolher data de nascimento de um(a) filho(a) é, até certo ponto, possível. Mas o período não é extensível ao infinito. Pode-se adiantar ou atrasar alguns dias, não mais.

Tem uma data que, salvo emergência, dá pra marcar: é a data de casamento. É verdade que casório anda meio fora de moda, mas ainda há muita gente que faz questão de seguir essa “tradição burguesa”, como diriam os barbudinhos dos anos 1980. Há quem escolha pelo horóscopo; outros querem que caia num sábado, que é pra poder receber um máximo de amigos (e de presentes).

Há datas especiais, muito procuradas. Este mês, temos duas excelentes. Uma delas é amanhã: 2 de fevereiro. Reparem como fica original: 2.2.22. É um charme, diga a verdade. A próxima será daqui a dez dias. É mais forte ainda: 22.2.22. Não sei como anda o agendamento de casamento no Brasil, mas na Europa em geral – e na Suíça em particular –, já está difícil encontrar vaga nesses dias. Em Zurique, por exemplo, o dia 22 está completamente tomado. Não adianta insistir, que não vai adiantar. Dia 23, se o cavalheiro concordar…

Quem perder esta oportunidade vai ter outra daqui a onze anos. Será em 3.3.33. Perdida essa, só onze anos depois, em 4.4.44. E assim por diante, até o fim do século. Só que, se esperar muito, o distinto leitor periga ter de levar os netos pra assistirem ao casamento dos avós. Hoje em dia, fica meio fora de esquadro. Daqui até lá, quem sabe, pode ser que já ninguém ligue. Pode até ser que ninguém mais se case.

Rossini, Sánchez e Morgan

José Horta Manzano

O que é que o compositor italiano Gioachino Rossini, a bela atriz francesa Michèle Morgan e o atual primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez têm em comum? Nasceram todos num 29 de fevereiro, um dia peculiar.

Pessoalmente, não conheço ninguém nascido nessa data, um dia curioso, que só aparece no calendário a cada quatro anos. Dizem que, para a criança, pode ser um bocado perturbador. Na primeira infância, é tranquilo, visto que a mãe é quem decide o dia da festinha. Em anos não-bissextos, quando não há o dia 29, tanto pode escolher o 28 de fevereiro como o 1° de março.

É na adolescência que os problemas podem aparecer. Amigos e amigas têm um dia de aniversário todos os anos, enquanto o pobre nativo de um 29 de fevereiro não tem. Festa, pode até haver, mas não terá o mesmo sabor. Comemorar em outro dia deixa a impressão de estar invadindo território alheio.

Mais à frente, quando vem chegando a maioridade, o problema fica mais agudo. Sabe-se que quem é de 29 de fevereiro nasceu num ano bissexto. Dado que 18 não é múltiplo de 4, a maioridade chegará forçosamente num ano não-bissexto. Então, como é que fica? Na falta do dia 29, o indivíduo atinge a maioridade no dia 28 de fevereiro ou no 1° de março?

Isso tem implicações legais como a autorização para dirigir ou para frequentar locais proibidos para menores. Há situações piores. Suponhamos que, por desgraça, o sujeito se envolva numa situação dramática, em que possa até ser acusado de algum crime. Suponhamos ainda que isso ocorra justamente na noite de 28 de fevereiro para 1° de março. Como é que fica? Ele será tratado como menor ou como maior de idade?

Ok, entendo que o exemplo é bem forçado e que representa uma possibilidade em um milhão de ocorrer. Assim mesmo, a lei tem de prever todas as exceções possíveis.

Desconheço se a lei brasileira já se debruçou sobre o problema. Alguns poucos países já legislaram. No Reino Unido e em Hong Kong, determinou-se que a maioridade ocorrerá no dia 1° de março. Na Nova Zelândia, será no dia anterior, 28 de fevereiro.

Nos EUA, a prática generalizada – num raciocínio que me parece sensato – é a seguinte. Um ano completo tem 365 dias. Quem nasceu num 29 de fevereiro só completará o giro do calendário no dia 1° de março. (Em 28 de fevereiro, só terá vivido 364 dias desde o último aniversário, portanto, não completou o ano.)

Assim sendo, considera-se que os nascidos em 29 de fevereiro ainda têm 17 anos até a meia-noite do dia 28. Só completarão seus primeiros 18 anos de vida à zero hora de 1° de março do correspondente ano.

O distinto leitor conhece alguém de 29 de fevereiro? Então lembre-se que, mesmo que pareça esquisito, o mais lógico é dar-lhe os parabéns no 1° de março.

Boas Festas – 1

Luleå, norte da Suécia
às margens do Mar Báltico congelado

José Horta Manzano

Meus caros leitores – uns mais antigos, outros mais recentes – são todos gente fina. A vocês, que me acompanharam ao longo deste ano complicado, deixo aqui meu agradecimento pela fidelidade. Cada visitinha é pra lá de bem-vinda e me traz muita alegria.

Desejo a todos um Natal alegre e um ano novo com saúde e alegria crescentes. E com pandemia e ameaças presidenciais minguantes, naturalmente.

Boas Festas e excelente 2022 a todos!