Nestes últimos dias de Copa, as ruas de Doha estão se esvaziando. À medida que seleções vão ficando à beira da estrada, os torcedores desapontados vão deixando o país, sem ânimo de assistir aos últimos jogos. Para o torcedor entusiasmado, quando seu time nacional se vai, o campeonato perde a graça.
É verdade, nós também demos adeus ao verde-amarelo. Mas a Terra não parou de girar. O espetáculo prossegue com embates entre os quatro sobreviventes, dentre os quais sairá o campeão do mundo. Que fazer agora? Torcer pra que todos percam? Não faz sentido.
Por minha parte, sigo o raciocínio seguinte. As quatro seleções remanescentes são uma fotografia representativa da distribuição geográfica do futebol atual: sobraram duas equipes europeias, uma sul-americana e uma africana.
A opulenta Liga Europeia, com 53 países membros, tem direito a duas vagas entre os quatro finalistas. O continente americano também merece mandar um representante: desta vez, foi a Argentina. A presença da seleção marroquina simboliza a periferia do futebol mundial, excluída a Europa e a América do Sul; é uma periferia em plena ascensão.
Acho que não vale a pena dar de ombros e desligar a televisão justo agora que se pode apreciar o espetáculo de modo desapaixonado. Por minha parte, torço para a Argentina, último representante de nossa região. Se ganhar, ganhou; se não, tanto faz. Vamos aproveitar, que ainda temos quatro jogos até domingo.
Boa tarde José… Vê -se que você não é um grande “torcedor” de futebol .. KKKKK , não conheço ninguém aqui no Brasil que esteja torcendo pela Argentina, pelo contrário, no jogo em que a Argentina ganhou da Holanda, nos penaltis, quando a Holanda empatou o jogo no último lance do jogo, a reação dos torcedores que estavam vendo o jogo foi como se fosse um gol do Brasil… tamanho foi o barulho aqui na região que moro.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Olá, Luis!
Eu sei que há rivalidade entre Brasil e Argentina. Embora seja engraçado e sirva pra animar torcida, no fundo, acho uma grande bobagem.
Os dois povos são mais semelhantes do que imaginam. Os dois países compartilham uma fronteira em comum, uma história parecida, falam línguas muito próximas, padecem com a corrupção endêmica do andar de cima e vivem com o sentimento de que o futuro não será lá essas coisas,
Meu abraço
CurtirCurtir