José Horta Manzano
Se, poucos anos atrás, alguém previsse que, mais de 500 anos depois do descobrimento e quase 200 anos depois da independência, nosso país teria de lutar para se desvencilhar dos males causados pelo próprio chefe da nação, teria sido tachado de biruta agourento. No entanto, é o que aconteceu. E é muito triste.
Diante do negacionismo oficial de Jair Bolsonaro e de seus prepostos, o povo tem de se defender como pode pra tentar evitar que o mal se aprofunde. A batalha travada pelo doutor contra o povo (e a favor da epidemia) tem sido tão intensa que está ficando difícil reverter a marcha dos acontecimentos. Talvez seja até tarde demais pra evitar o colapso nacional, mas não custa tentar.
Chegamos a um ponto em que, para fazer o que tem de ser feito, convém recorrer ao conselho de quem entende do riscado. O jornal O Globo desta quinta-feira traz um artigo imperdível da jornalista Vera Magalhães. Ela transcreve a conversa que teve com dr. Paulo Chapchap, diretor executivo do Sírio Libanês, um dos três ou quatro melhores hospitais do país.
O médico relata a realidade dos doentes de covid vista como ela é, por quem passa o dia nos hospitais. Vale a pena ler o artigo. Está aqui.