Da ponta da praia às quatro linhas da Constituição

Eduardo Mafei (*)

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Artigo escrito em 7 setembro 2021
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Jair Bolsonaro é o pior governante que o Brasil já teve nos 199 anos desde o Sete de Setembro de 1822? Tudo depende da régua pela qual medimos seu desempenho. Se esperamos dele as realizações de um governo comum, como atender às grandes urgências do país ou pôr em prática um plano que nos eleve de patamar como nação, então, sim, Bolsonaro é o pior líder que já tivemos desde o grito do Ipiranga.

Mas e se seu plano for outro? Ou melhor: e se o plano de Bolsonaro for o mesmo desde sempre, aquele pelo qual ele trabalhou em todos os instantes de sua vida em que não estivesse dormindo, comendo, tomando banho, contratando funcionários fantasmas ou ensinando a arte da rachadinha aos filhos? Se enxergarmos em Jair Bolsonaro o propósito de trabalhar firmemente pela destruição da democracia implementada pela Constituição de 1988, documento que ele sempre desprezou por consagrar a derrota da ditadura cuja idolatria é o único sentido de sua vida pública, então Bolsonaro não vai mal. Ao contrário: nunca um presidente foi tão bem-sucedido em corroer as instituições de um sistema constitucional em tão pouco tempo.

Para um presidente que vive de hostilizar a democracia liberal, com as limitações de poder a ela inerentes, a tarde de hoje foi…

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(*) Rafael Mafei Rabelo Queiroz, professor da Faculdade de Direito da USP.

Reeleição?

José Horta Manzano

“Bolsonaro não irá para o segundo turno porque os bolsonaristas, ao verem que o eleitor circunstancial de 2018 nem sonha em repetir o seu voto em 2022, vão aplicar a teoria dos jogos e debandar para o candidato que se mostrar mais viável, do meio para o final do primeiro turno. Com isso, Bolsonaro vai minguar. Não se elege nem para síndico e terá a votação mais inexpressiva da história moderna para um candidato à reeleição na América Latina.”

A forte afirmação é de alguém que entende do riscado. As palavras são de Marcos Carvalho, principal marqueteiro da campanha de Bolsonaro em 2018, que, como tantos outros colaboradores de primeira hora, caiu em desgraça logo depois da eleição, escorraçado por um dos bolsonarinhos – aquele destrambelhado que é vereador.

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Tiradentes: novo julgamento

«OURO PRETO – Joaquim Barbosa, presidente do STF, anunciou que o tribunal acatará os embargos infringentes de Tiradentes, Judas e Antônio Conselheiro. “É preciso dar celeridade ao amplo direito de defesa dos réus condenados pela História”, revelou, enquanto debatia a validade da condenação de Zico pelo pênalti perdido na Copa de 1986(…)”.»

in The Piauí Herald, 12 set° 2013