José Horta Manzano
Sem intenção de afrontar a notória abertura de espírito do culto ministro Ernesto Araújo, pergunto-me em que medida o passaporte diplomático que ele concedeu ao casal Edir Macedo Bezerra pode ajudar o eclesiástico a “desempenhar de maneira mais eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior”.
Que tem o passaporte a ver com atividades episcopais do titular? Um doce pra quem puder informar. Cartas para a redação, por favor.
Nota da redação postada em 17 abr 2019
Um juiz federal do Rio de Janeiro confortou este blogueiro no entendimento de que não tem cabimento conceder passaporte diplomático a um eclesiástico sob pretexto de que costuma partir para viagens missionárias. Em sábio juridiquês, o magistrado deu despacho cassando o documento.
Aguardemos o próximo capítulo. Num país extremamente judiciarizado como o nosso, nunca se sabe. Batalhas judiciais são intermináveis, principalmente para quem tem (muito) dinheiro. É voz corrente que donos de igrejas neopentecostais vivem em abastança.