A nova camisa da Seleção: vermelho, paixão e o fim da seca?

José Horta Manzano

Uma polêmica desnecessária tomou conta das redes com o anúncio da nova camisa reserva da Seleção Brasileira. A cor? Vermelho. A reação? Uma enxurrada de interpretações políticas atribuindo ao tom escarlate significados ideológicos que beiram a comédia. Politizar a cor de um uniforme de futebol é comovente demonstração de estupidez.

A camisa, em si, é um símbolo. E o vermelho, longe de qualquer conotação política, representa exatamente aquilo que tem faltado à Seleção nos últimos tempos: alegria, vivacidade e paixão. Uma cor vibrante, que evoca energia e ardor, atributos essenciais para uma equipe que busca o sucesso.

É preciso lembrar que muitos países, alguns de longa tradição futebolística, usam, no uniforme, cor que não aparece em sua bandeira. O azul da Itália, o laranja da Holanda, o amarelo da Austrália e o azul do Japão são exemplos. A escolha da cor de um uniforme de futebol é uma decisão estética e mercadológica, que busca identidade e impacto visual, não uma declaração política.

O vermelho costuma carregar simbolismos históricos e culturais, mas reduzi-lo a uma única interpretação política é ignorar a riqueza de significados que a cor pode representar. No contexto do futebol, o vermelho grita paixão, força, e a busca incansável pela vitória. É uma cor que exalta a torcida, energiza os jogadores e impõe respeito aos adversários.

Após 24 anos sem conquistar a Copa do Mundo, a Seleção precisa resgatar a alegria e a garra que a consagraram no passado. Quem sabe essa nova camisa, com sua cor vibrante e carregada de energia positiva, anuncie o despertar de que a equipe precisa. Quem sabe o vermelho, tão associado à paixão e à luta, seja o ingrediente que faltava para que a Seleção volte a erguer o caneco.

Mais do que uma simples camisa, é uma esperança renovada, uma busca pelo resgate da identidade e da glória de nosso futebol. Que o vermelho, então, não apenas seja uma cor, mas assinale o retorno triunfal do Brasil ao topo do futebol mundial.

2 pensamentos sobre “A nova camisa da Seleção: vermelho, paixão e o fim da seca?

  1. José, como um apaixonado por futebol como eu, que vai a estádios ver jogos, não concordo em quase nada do que você escreveu acima. Sim, tem seleções como a da Italia, que tem a tradicional camisa azul (a azurra) que não é uma das cores da bandeira italiana mas desde que acompanho futebol eles usam o azul. A seleção brasileira, sempre foi a canarinho… mudar para a cor vermelha e quase como se o Corinthias resolvesse usar uma camisa verde !!!

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    • Introduzida em 1954, para a Copa da Suíça, a camisa “canarinho” tem 70 anos. Durante os 60 anos anteriores, a Seleção tinha vestido camisa branca. Está na hora de mudar. Em 1954, quando viram a rapaziada de amarelo, os torcedores devem ter se assustado e reclamado do mau gosto. Com o tempo a gente se acostuma.

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