Segundo sua lógica peculiar, os avatares amarelos e embandeirados estão lutando por democracia enquanto clamam por um golpe contra o Estado Democrático.
Cantam o hino nacional como se fosse uma canção do Carlinhos Brown, sem dar bola para a letra.
- Se iluminam com “o sol da liberdade, em raios fúlgidos“, ao mesmo tempo que “autorizam” uma ditadura.
- Exaltam “o penhor dessa igualdade”, querendo impor sua vontade à maioria.
- Falam “de amor e de esperança” e dá-lhe violência para bloquear estradas e tentar disseminar o caos.
- Passam por “nossos bosques têm mais vida” como se nada tivessem a ver com desmatamento, garimpo ilegal, desmonte do Inpe.
- Não se vexam de entoar “se ergues da justiça a clava forte” enquanto erguem a clava forte contra a Justiça.
- E pulam a “paz no futuro” para focar numa suposta “glória no passado”.
(*) Eduardo Affonso é arquiteto, colunista do jornal O Globo e blogueiro. O presente texto é parte de artigo de 5 nov° 2022.