Faz tempo que me pergunto como é possível um contingente de cidadãos darem crédito ao capitão e se disporem a votar nele.
Pra não deixar ninguém enciumado, me pergunto também como é possível que tanta gente acredite no Lula e se disponha a votar nele.
Depois dos males que esses dois já causaram no passado, no presente – e da ameaça que representam para o futuro do país –, não há mais o que provar. Não precisa fazer um desenho. Seja qual for dos dois, é desastre anunciado.
Com o antigo presidente, tivemos corrupção explícita e partição do país em categorias de indivíduos classificados conforme a cor da pele. É culpa dele se o Brasil caminha perigosamente para se transformar em república racialista, um tipo de sociedade em que cada habitante tem forçosamente de se encaixar numa etiqueta: ou é branco ou é negro, sem nuance. (Alguém pensou nos extremo-orientais?) Antes da ascensão do lulopetismo, nosso país era colorido; depois da passagem dos ‘barbudinhos’ pelo poder, retrocedemos à era do preto e branco.
Com o atual presidente, temos corrupção disfarçada de “orçamento secreto”, rachadinhas e partição do país em categorias de indivíduos classificados conforme a ideologia ou a religião. Bancadas religiosas no Congresso, presidente que se ajoelha diante de bispo autossagrado, orçamento secreto com bilhões distribuídos aos amigos do rei, presidente considerado persona non grata no mundo civilizado – estão reunidos todos os ingredientes da perfeita republiqueta de bananas.
Um dos dois apoia ditaduras sanguinárias ditas “de esquerda”; o outro apoia ditaduras sanguinárias ditas “de direita”. Se algum arguto leitor souber qual é a diferença entre uma ditadura “de esquerda” e uma “de direita”, que levante a mão. Ou que mande uma cartinha para a Redação.
Este blogueiro considera que qualquer ditadura é regime autoritário e liberticida que opera para transformar os habitantes em autômatos, gente sem criatividade, sem esperanças, sem ânimo, sem iniciativa e sem futuro. Quando se trata de ditadura, “de esquerda” ou “de direita” são etiquetas que não fazem sentido.
Que diferença há, no espectro político, entre um Hitler e um Stalin? O primeiro prometeu o paraíso a seu povo e o obrigou a ser massacrado sob bombas caídas do céu. O segundo prometeu o paraíso a seu povo e o obrigou a ser massacrado por tanques de guerra vindos do Oeste, sendo que os poucos cidadãos que sobraram foram despachados para o desterro na Sibéria.
Entre um Nicolas Maduro (Venezuela) e um Bashar El-Assad (Síria), quem é “de direita” e quem é “de esquerda”? E que diferença faz, se ambos condenam o próprio povo ao extermínio – um pela fome, o outro pelos gases asfixiantes?
Tudo o que o Brasil não precisa é de presidente apoiador de ditadura nem de presidente conivente com esse tipo de regime. Tanto Bolsonaro quanto o Lula propõem que o país continue eternamente mergulhado num passado de atraso.
E ainda tem gente que se dispõe a apoiar um ou outro desses dois. Como é que pode?
Perfeito! Vou republicar, penso igualzinho a você.
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Acho que toda pessoa sensata devia pensar assim. Essa cegueira coletiva é difícil de entender.
Obrigado pela fidelidade.
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Pingback: – Nem Lula, nem Bolsonaro, nem… nem… mas quem? | DISCUTINDO CONTEMPORANEIDADES
Periga darmos mostra de criatividade e pioneirismo mais uma vez introduzindo a primeira ditadura de centro (também conhecido como Centrão) no mundo.
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Pelo que sei, a ditadura do Centrão já existe em todos os governos brasileiros desde 1985. Qualquer que seja o presidente, quem manda neste país é o Centrão.
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Agradeço a MSuplicy e a Aldo Bizzocchi pela fidelidade e pela participação.
A verdade é que a constante que acompanha todos os governos no Brasil, pouco importando quem seja o presidente de turno, é o que hoje convém chamar de Centrão (e que já foi conhecido como oligarquia, coronelismo, patriarcado).
São sempre os mesmos, de pai pra filho. Lembra muito o sistema feudal, em que muda o rei, mas os duques continuam agarrados a seus ducados; os barões, a suas baronias; os marqueses, a seus marquesados. E por aí vai.
“Conservadores”, “progressistas”, aprendizes de reacionário, pseudocomunistas: todos farinha do mesmo saco. O rótulo é só pra inglês ver.
Neste 2022, pouco interessa quem venha a ser o próximo “rei”. Duques, condes e barões continuarão, imperturbáveis, a orbitar em volta do trono.
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