José Horta Manzano
Barato e caro são atributos da mercadoria, não do preço nem do custo. O preço (=custo) é mero indicador do valor da mercadoria.
A mercadoria pode ter muitas qualidades. Por exemplo, pode ser:
- barata,
- cara,
- bonita,
- cheirosa,
- pesada,
- estragada,
- duvidosa,
- valiosa,
que são qualidades que o preço (=custo) não pode ter.
Por seu lado, o preço (=custo) pode ser, por exemplo:
- elevado,
- baixo,
- exorbitante,
- ínfimo,
- nas alturas,
- irrisório,
- insuportável,
- dissuasivo,
que são atributos que a mercadoria não pode ter.
Portanto, “custo caro”, “custo barato”, “preço caro” e “preço barato” são expressões a evitar. É a mercadoria que é cara, não o custo. A menção do preço nos permite saber se a mercadoria é cara ou barata. Uma vez que conhecemos o custo, concluímos se a mercadoria é barata, se é cara ou se está em conta.
Na chamada do jornal, entende-se que o voto é que chega a ser mais caro; portanto, seu custo é mais elevado. Consertando:
“Custo de voto em mulheres chega a ser quase 70 vezes mais elevado que em homens”