José Horta Manzano
Dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu, estupefato, ao orquestrado ataque terrorista desfechado contra os EUA. O distinto leitor seguramente há de se lembrar onde estava quando recebeu a notícia.
São momentos fortes que marcam muito. Na mesma gaveta da memória em que guardamos a notícia, amarzenamos também as circunstâncias que nos envolviam no momento em que tomamos conhecimento.
Para mim, o 4 de março de 2016 ficará numa gaveta muito especial. É o dia em que nosso guia foi apeado do pedestal. Ele «não está imune à investigação», como bem disse o juiz encarregado do caso. Disse e demonstrou, aliás.
A prova de que o despacho do magistrado não eram palavras ao vento foi a condução coercitiva(*) do antigo presidente para fins de deposição. Se a Polícia Federal continuar sinceramente disposta a investigar, nosso guia já pode ir arrumando a malinha: há de passar umas férias junto com os companheiros. Tudo gente fina, como se sabe.
Como diz o outro, «no Brasil de hoje, a corrupção só não é encontrada onde não é procurada». Quem procura acha. Logo…

(*) No breve discurso que pronunciou neste marcante 4 de março, o presidente do PT, num lapsus linguæ revelador, substituiu a condução coercitiva por «detenção coercitiva». Discurso visionário.

Que jogada de mestre! A jararaca escorregou de tudo quanto é jeito de seu depoimento, que se dependesse das manobras possíveis e impossíveis, não ocorreria nunca. E de fato, se os suspeitos anteriores, assim foram levados para depor, por que ele não seria?
Que eu saiba, ele tem uma equipe de renomados advogados muito bem pagos e nem sei se pagos com meu dinheiro, para defendê-lo, inclusive da tal “detenção” coecirtiva.
Ontem, parei para acompanhar todas as declarações e reações. Realmente, foi um dia desses, marcante. Um desses dias, que te mostram que a justiça trata com igualdade tanto os 40 (400? 4.000?…) ladrões quanto o Alibabá.
Estou estarrecida com os setores que se levantaram contra a operação. União Brasileira dos Escritores, a dos Jornalistas… A UBE diz que é a subversão do Estado de Direito!
Torço para a jararaca ser mesmo um visionário, pois, desconfio que só não foi preso ontem, para que não causasse um rebuliço maior. Tem que ter calma e estratégia pra prender a cobra.
O princípio da presunção da inocência, no caso de Lula, só pode partir de alguém que seja presunçoso.
Presunçoso: s.m. Característica de quem possui excesso de presunção.
Aliás, Lula se comporta como um presunçoso. E Dilma também.
Abs José Horta Manzano!
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Só corrigindo a palavra: coercitiva. Que significa o que eu disse a um amigo meu:
Eu – Você viu, pegaram Lula pelos fundilhos, pra depor?
Ele – Sei que o pegaram e se foi pelos fundilhos melhor ainda. Tem que prender toda esta corja de vagabundos. lula, lulinha etc……
Abs, de novo.
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