José Horta Manzano
Você sabia?
A Folha de São Paulo deste 30 de janeiro traz uma foto surpreendente. Trata-se de um automobilista que, ao sair de casa de manhã, elimina de seu para-brisa a fina camada de geada que se formou com o frio da noite.
Até aí, nada demais. É a chatice quotidiana de quem mora em lugar frio e tem de deixar o carro na rua. O que surpreende é a maneira pra lá de original que o cidadão encontrou para se livrar do gelo.
Entornar água quente num para-brisa gelado? É um contrassenso por duas razões. A primeira é que o choque térmico pode até causar dano ao vidro. A segunda, certeira, é que a água quente formará uma poça no chão bem no lugar onde estava o carro. Com o frio, vai-se criar uma placa de gelo mais escorregadia que casca de banana.
Se alguém tiver a má sorte de pisar ali mais tarde, periga levar um tombo daqueles de quebrar o colo do fêmur. Sem contar que o próprio automóvel, quando retornar à noite, pode patinar e ficar incontrolável.
Nunca vi ninguém jogar água quente em para-brisa gelado. Para remover a placa de gelo, tem de raspar. Há no comércio diversos aparelhinhos, do mais simples ao mais sofisticado, funcionando todos a partir do mesmo princípio. Cada motorista escolherá o que melhor lhe convier.
Caso você se encontre um dia nessa situação, a última coisa a fazer é jogar água quente. Raspe. Demora um pouco, mas é mais seguro.


