José Horta Manzano
Já devo ter falado deste assunto mas não custa repetir. Na linguagem descontraída de todos os dias, uns tampam os ouvidos, outros tampam a panela, há ainda quem tampe a boca, como na chamada do jornal.
Na língua culta, que os jornais deveriam respeitar, precisa tomar cuidado. Tampa-se o que tem tampa. Tapa-se o que não tem.
Portanto:
Tampar a panela
Tampar a caixa de bombons
Tampar a lata de lixo
Tampar o vidro de geleia
mas
Tapar os ouvidos
Tapar um buraco
Tapar o Sol com a peneira
Tapar a boca.
Foi o que fez o time alemão na hora da foto do jogo: todos taparam a boca.
Que tal em pé x de pé ?
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As expressões “em pé” e “de pé” são equivalentes e intercambiáveis. Veja:
Levantei cedo e vou ter de ficar de pé até o fim do dia.
Levantei cedo e vou ter de ficar em pé até o fim do dia.
Antigamente, quando o mestre entrava na sala, os alunos se levantavam e ficavam em pé até serem autorizados a sentar-se.
Antigamente, quando o mestre entrava na sala, os alunos se levantavam e ficavam de pé até serem autorizados a sentar-se.
O ônibus estava cheio; tive de viajar em pé.
O ônibus estava cheio; tive de viajar de pé.
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