Vera Magalhães (*)
Bolsonaro e o almirante Antonio Barra Torres, o bolsonarista no comando da Anvisa, sabotam o combate à pandemia tendo como objetivo atingir um adversário político [João Doria – ndr]. A fala do presidente é prova cabal contra si, e nela há vários indícios de que ele recebeu informações que a agência não poderia lhe fornecer.
O Supremo precisa voltar a conter os ímpetos letais de um presidente atordoado por derrotas políticas, como o péssimo desempenho de seus candidatos a prefeito de norte a sul, o fim do sopro de popularidade do auxílio emergencial, a derrota do “amigão” na América e o agravamento das evidências de crimes variados por parte de seu filho Flávio. É um pacote pesado para quem tem masculinidade frágil, mas descontar na vida da população é crime de responsabilidade.
(*) É jornalista com atuação em numerosos veículos.