Como se sabe, qualquer cidadão da República pode solicitar a destituição do presidente. Não precisa ser parlamentar nem doutor. Basta seguir direitinho o manual e dar entrada da papelada na Câmara Federal. Em seguida, o desfecho vai depender da boa vontade do presidente da Casa e – principalmente – do clamor das ruas, medido pelos passeatômetros e panelaçômetros do país.
Em fevereiro, publiquei um artigo sobre pedidos de impeachment. Eu comparava o número de requerimentos recebidos pela Câmara Federal durante o mandato de cada um dos presidentes, de Collor até Bolsonaro. Passados 5 meses, a situação evoluiu bastante.
Como diz o outro, nada é tão ruim que não possa ser piorado. Pois o capitão continua descendo a ladeira. Veja só:
Itamar foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 183 dias
FHC foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 108 dias
Lula foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 79 dias
Collor foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 42 dias
Dilma foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 30 dias
Temer foi alvo, em média, de
um pedido de impeachment a cada 26 dias
e agora, senhoras e senhores, o campeão estourado:
Bolsonaro, que, em fevereiro, estava na marca de um pedido a cada 11 dias, melhorou bem o record. Acaba de atingir a média de um pedido de impeachment a cada 7 dias!
Ele segue firme no esforço pra chegar a um pedido por dia!
Como diz Dona Cultura
Todo mal tem sua cura
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Tranquilos, cidadãos! Não falta muito. Qualquer hora, nos livramos do homem.