José Horta Manzano
Você sabia?
Este blogueiro não é ecologista de carteirinha. Acho perfeitamente legítima toda preocupação em manter o frágil equilíbrio entre os componentes da natureza. Do jeito que a coisa vai, a continuarmos a satisfazer necessidades presentes como se não houvesse amanhã, corremos à desgraça.
No entanto, não enxergo viabilidade de a ecologia ser transmutada em força política suficiente para constituir partido próprio. Por sinal, em países onde é forte a preocupação com o meio ambiente, o Partido Verde (ou Ecológico), ao escorar-se nalguma corrente política mais poderosa, enriquece-a. Embora não seja o único caminho, é comum que ecologistas se associem a socialistas.
Por minha parte, acho imprescindível que a ecologia constitua capítulo importante no programa de todo partido. Exceção será concedida aos ditos «partidos de aluguel», aqueles que não têm programa e que só contribuem para reforçar nossa etiqueta de república de opereta.
A Abrasco ‒ Associação Brasileira de Saúde Coletiva lançou seu dossiê 2015, verdadeiro alarme sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde. No Brasil, país de economia eminentemente agrícola, é assunto relevante. O aprofundado estudo é apresentado didaticamente e descarregável aqui. Os interessados não se decepcionarão.
Alguns números são assustadores. Cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil estão contaminados por agrotóxicos. Um terço deles são produtos proibidos no país, mas utilizados assim mesmo. Uma saideira: cada brasileiro consome 7½ litros de pesticida por ano. Não é uma barbaridade?
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