Timoneiro

José Horta Manzano

Doutor Bolsonaro trata de maneira nojenta o povo que o elegeu. A cada passeio, ele se torna foco de contágio. Aperta a mão de um, limpa o nariz, aperta a mão de outro, passa mão no cabelo, roça a mão de um terceiro. E assim vai espalhando vírus e micróbios pra cima de gente simples e ingênua. Tira vírus da mão de um, deposita vírus na mão do outro. Um nojo.

Embora seu comportamento contribua para acelerar a propagação do vírus, a transmissão da doença está longe de suas preocupações. Como se diz em língua de casa, o homem não está nem aí para os outros.

Quando questionado sobre esse comportamento de alto risco, sai-se com um «Ninguém pode me tirar o direito de ir e vir». Como se vê, só consegue pensar nos direitos que tem, sem se dar conta de que os demais também têm direitos. Entre eles, o de serem protegidos do contágio.

O moço é de um egoísmo tenebroso. Se já não conseguia assumir o encargo de presidir a nação em tempo normal, com a pandemia ficou pior. Recordo uma sutil máxima latina que cai como luva para explicar o que ocorre.