À portuguesa, com certeza

José Horta Manzano

Interligne vertical 14Interligne vertical 15«A firma me propôs um estágio de três meses em Amesterdão. Fui e gostei muito de lá. Aproveitei para viajar um pouco. Conheci Copenhaga, Helsínquia e até Bordéus. Uma viagem e tanto.»

Um enésimo (e desastrado) acordo ortográfico foi assinado faz já um quarto de século por dirigentes políticos dos países que conferem à língua portuguesa estatuto oficial. Embora já amarelecido pelo tempo, continua dando pano pra mangas. Seguindo o mesmo caminho de seus malogrados antecessores, tampouco este último acerto logrou pôr de acordo os diferentes povos que se exprimem, por escrito, em língua lusitana.

Entre numerosas discrepâncias, sobressai a que contempla nomes geográficos, principalmente de cidades. Pelo costume luso, sempre se escreveu Nova Iorque, enquanto, no Brasil, usa-se Nova York. No fundo, onde está o problema, se todos entendem?

Conheça Estugarda!

Conheça Estugarda!

O exemplo que pus na entrada deste artigo é uma amostra do nome que os portugueses costumam dar a cidades pra lá de conhecidas. Algumas denominações provocam, em nós, efeito singular.

Vai aqui uma lista não exaustiva:

   Portugal        Brasil
   ========        ======
   Telavive        Tel Aviv
   Banguecoque     Bangkok
   Orleães         Orleans
   Nova Orleães    New Orleans
   Amesterdão      Amsterdã
   Nova Iorque     Nova York
   Bilbau          Bilbao
   Helsínquia      Helsique
   Zagrebe         Zagreb
   Copenhaga       Copenhague
   Nuremberga      Nuremberg
   Moscovo         Moscou
   Marraquexe      Marrakech
   Bordéus         Bordeaux
   Estugarda       Stuttgart

Tanto lá quanto cá, alguns nomes, por inusitados, surpeendem. Falta de hábito, nada mais. No final, a gente acaba se acostumando.