Causou espanto ao senador Flávio Dino, iminente ministro do STF, o rebaixamento do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado pela Transparência Internacional. Depois de qualificar o relatório como “atípico e anômalo”, com “afirmações exóticas”, Dino incorporou o estilo da saudosa mulher sapiens, hoje presidenta do banco do Brics, Dilma Rousseff:
— O que mudou é que nós pusemos fim à política de espetacularização do combate à corrupção, que é uma forma de corrupção. Quem usa corrupção como forma de combate à corrupção, como bandeira política, é tão corrupto quanto o corrupto.
(Só com essa declaração, o Brasil deve ter galgado 10 postos no Índice de Corrupção da Diversidade Vocabular.)
(*) Eduardo Affonso é arquiteto, colunista do jornal O Globo e blogueiro.
O texto é trecho de artigo publicado no jornal O Globo.

Palavras são palavras e o papel aceita tudo também. Toffoli anulou multa de dez bilhões da Odebrecht. Você acha que foi de graça?
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Vou encaminhar a pergunta ao autor.
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