Quando Joe Biden venceu a eleição americana, Jair Bolsonaro levou mais de um mês para felicitá-lo.
Sua diplomacia acreditava na lorota de Donald Trump, que dizia ter sido roubado. Quatro dias depois da eleição de Pedro Castillo, o capitão disse que “perdemos agora o Peru”, pois a seu juízo “só um milagre” reverterá a derrota de Keiko Fujimori.
Demorou para reconhecer um resultado e apressou-se para admitir o outro.
Nomeando Marcelo Crivella para a representação do Brasil na África do Sul, Bolsonaro entra para os anais da diplomacia como o primeiro chefe de Estado a nomear um embaixador que está proibido de deixar o país pela Justiça.
(*) Elio Gaspari é jornalista. O texto é parte de artigo publicado em 13 jun° 2021.